Política

Collor diz que mantém posição pela mudança do indexador da dívida dos estados e municípios

25/03/2015
Collor diz que mantém posição pela mudança do indexador da dívida dos estados e municípios
Foi com muito entendimento que conseguimos construir uma maioria no Senado para mudar essa lógica perversa. A votação foi histórica, porque se corrigiu uma injustiça cometida contra os entes federados, rememorou Collor

Foi com muito entendimento que conseguimos construir uma maioria no Senado para mudar essa lógica perversa. A votação foi histórica, porque se corrigiu uma injustiça cometida contra os entes federados, rememorou Collor

Líder do bloco partidário “União e Força”, que aglutina no Senado Federal o PTB, PSC, PRB e PR, o senador Fernando Collor (PTB/AL), qualificou como “incompreensível” a decisão do Palácio do Planalto de anunciar a impossibilidade de cumprir a lei que determina a mudança do indexador da dívida pública dos estados e municípios, sancionada pela presidente Dilma Rousseff desde novembro do ano passado,
O cumprimento desse dispositivo legal cria um novo horizonte para o desenvolvimento socioeconômico de Alagoas, que paga mensalmente à União mais de R$ 50 milhões do chamado “serviço” da dívida pública, cujo montante é superior a R$ 9 bilhões. O que virou lei alivia a situação fiscal de municípios e estados, como Alagoas, ao reduzir os juros das dívidas contraídas com a União.
Com a lei, que o governo federal considera agora inviável a aplicação o indexador passa a ser a taxa Selic ou o IPCA, mais 4% de juros, ou o que for menor. Garante também a correção retroativa do saldo devedor pela variação acumulada da taxa Selic, desde a assinatura dos contratos. O senador Fernando Collor disse, agora pela manhã, em seu gabinete no Senado Federal, que se contrapõe à posição atual do Planalto de contrariar o amplo entendimento firmado entre o Congresso Nacional e o próprio governo federal. “O recuo é algo simplesmente incompreensível”, afirmou Collor.
“Em diversas ocasiões, já havia me posicionado sobre a necessidade de mudança desse indexador, constante no contrato de rolagem da dívida pública entre os estados e municípios e a União. No caso de Alagoas, esse contrato consagrou o endividamento como impagável, além de ter tornado mais grave a sangria do Tesouro do Estado, que precisa construir seu desenvolvimento”, justificou o senador.
Para o líder do bloco “União e Força”, a lei pactuada, aprovada e sancionada devolve aos estados e municípios a mínima e digna capacidade de investimento que eles perderam. “Foi com muito entendimento que conseguimos construir uma maioria no Senado para mudar essa lógica perversa. A votação foi histórica, porque se corrigiu uma injustiça cometida contra os entes federados”, rememorou Collor, ao anunciar que vai continuar lutando para fazer valer o que foi acordado.