Política

‘Fantástico’ apura denúncias na Assembleia da gestão de Fernando Toledo

06/05/2015
‘Fantástico’ apura denúncias na Assembleia da gestão de Fernando Toledo
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Albuquerque conta que exonerou 200 fantasmas (fotos: tribunahoje e cadaminuto)

Uma equipe do programa Fantástico, da Rede Globo, fez várias entrevistas com deputados estaduais por Alagoas, nesta quarta-feira, 6. Os profissionais estiveram na Casa de Tavares Bastos, para investigar as denúncias de irregularidades na Assembleia Legislativa de Alagoas, investigadas pelo Ministério Público Estadual.
O suposto esquema de desvio de recursos se refere à legislatura passada, presidida pelo hoje desembargador do Tribunal de Contas, o ex-deputado estadual pelo PSDB, Fernando Toledo. O MPE informou ter descoberto uma ‘folha fantasma’, com nomes de servidores constando, até mesmo, na lista de beneficiários do Bolsa Família, ainda que recebessem, pela Assembleia, salários vultosos.
A equipe, do Programa ‘Fantástico’, perguntou a alguns deputados se eles tinham conhecimento das denúncias de irregularidades apontadas nas investigações do Ministério Público e da Controladoria Geral da União. Entre as denúncias, uma se refere à informação de que funcionários lotados em gabinetes residiriam, na verdade, em outros estados.
O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ronaldo Medeiros (PT), revelou que a Mesa Diretora encontrou uma folha paralela de pagamento e, diante disso, as medidas legais foram tomadas.

Medeiros diz que pediu auditoria na folha; Albuquerque conta que exonerou 200 fantasmas (fotos: tribunahoje e cadaminuto)

Medeiros diz que pediu auditoria na folha (fotos: tribunahoje e cadaminuto)

“Essa Mesa Diretora assumiu no mês de fevereiro e, a partir desse momento, passamos a responder pelas questões administrativas da Casa. Fizemos a exoneração de algumas pessoas e solicitamos uma auditoria da Fundação Getúlio Vargas nas contas do parlamento”, disse Medeiros.

 FANTASMAS – Já o deputado Antônio Albuquerque (PRTB) relembrou que ele foi o responsável pela exoneração de cerca de 200 funcionários, que seriam ‘fantasmas’, da Casa de Tavares Bastos. Conforme Albuquerque, o pagamento irregular aconteceu ao menos durante os últimos dois anos, o que pode significar um prejuízo de R$ 60 milhões aos cofres públicos, através do Legislativo Estadual.