Na noite desta terça-feira (26), a Câmara dos Deputados começou a votar tópicos da reforma política. O plenário rejeitou duas propostas defendidas pelo PMDB e criticadas pelo PT: a institucionalização do financiamento empresarial de campanhas eleitorais e o voto pelo sistema “distritão”.
O deputado Paulão (PT/AL) comemorou o resultado e disse que com isso os parlamentares demonstraram também sua insatisfação contra a postura do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que atropelou os trabalhos da comissão especial e levou a matéria  diretamente ao plenário. “Vencemos o autoritarismo do presidente da Câmara. Colocar na Constituição Federal o financiamento de empresas favoreceria a corrupção no país. Já o distritão  seria outro retrocesso, que encareceria ainda mais as campanhas e prejudicaria as minorias”, afirmou o petista.
Pelo distritão”, deputados e vereadores seriam eleitos de acordo com a quantidade de votos recebidos, sem contar o coeficiente eleitoral. Ficou mantido o modelo atual, que contabiliza os votos recebidos pelos candidatos e os conferidos ao partidos.
O plenário também derrubou  as listas fechadas para escolha de candidatos e  o sistema distrital. Nesta quarta-feira (27), a votação continua. Serão apreciados itens como a cláusula de barreira e o fim do voto obrigatório.