Os trabalhadores da Educação da rede municipal de Delmiro Gouveia deflagraram greve nesta quinta-feira (18) devido ao não cumprimento do piso nacional pela prefeitura. A categoria luta pelo incremento de 13 % e não aceitou os 6,5% apresentados pela gestão municipal.
Diante do impasse imposto pela administração pública, o vereador Edvaldo Nascimento (PCdoB), que também é professor, frisou o seu apoio à luta dos trabalhadores durante a sessão realizada Câmara de Vereadores nesta quinta-feira (18). Os trabalhadores, que lotaram a Casa durante a reunião, aplaudiram as palavras proferidas pelo parlamentar.
Para Edvaldo, os trabalhadores da educação merecem respeito por parte do gestor, uma vez que existe uma Lei para o cumprimento do piso. “Acho que o prefeito e os seus assessores deveriam se sensibilizar para cumprir o que prevê a legislação e não colocar os professores contra a sociedade. A greve só existe porque ele não cumpre o piso e isso que a sua assessoria deveria esclarecer para ele, e não ficar se curvando. Fazer greve não é bom, mas é o que restou a nós professores porque não temos outra forma dele cumprir o que nos é de direito”, falou Edvaldo.
Ele ressaltou ainda o trabalho feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), que fez um estudo sobre os cargos na Educação, bem como um levantamento do impacto na folha. “Para solicitar esse aumento o Sinteal levou em consideração tudo, todo o impacto na folha de pagamento, inclusive os novos profissionais que virão após o concurso, e concluíram que tem possibilidade desse aumento sim. Não tem desculpa para que o piso não seja cumprido”.
Outro assunto abordado pelo vereador durante a reunião foi o fato de dois prédios públicos do município levarem os nomes do prefeito e da vice-prefeita. Edvaldo enfatizou que, segundo a Lei, isso não é permitido e encaminhou ofício ao Ministério Público para que as devidas providências sejam tomadas. “O uso de nomes de pessoas vivas em prédios públicos é um caso de improbidade e o gestor e a vice do nosso município estão incorrendo nesta prática. Encaminhei documento ao Ministério Público, na pessoa do Promotor João Batista, para que isso seja reparado o mais breve possível”, falou Edvaldo.