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Cartunista Laerte Coutinho defende maior liberdade no humor
O cartunista Laerte Coutinho defendeu maior liberdade no humor e disse que a internet é um caminho para os cartoons e charges serem mais independentes. “A linguagem do humor é tão poderosa, tão potencialemnte criativa que tem que abandonar a porcaria que está metida hoje, de poder ou não poder falar, isso é porcaria. A discussão é: Em que medida o humor pode ser transgressor, em que medida pode servir para abrir visões?”, disse no programa Espaço Público da TV Brasil.
“Muitas vezes, [o humor] faz o serviço sujo do preconceito, porque precisa se fazer entender e obter a cumplicidade de para quem ele se dirige. É preciso existir essa identidade com o comediante e seu público e por causa disso, a piada reforça preconceitos”, defendeu.
Laerte publicou os primeiros trabalhos na década de 1960, sobre o impacto da ditadura militar, nos jornais acadêmicos da Universidade de São Paulo (USP). Na parceria com outros dois cartunistas, Angeli e Glauco, colaborou com o jornal O Pasquim. Também trabalhou em diversas outras publicações como Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo; impressões sindicais e, ainda, nas revistas Isto É e Veja. Autora de livros como Carol (infantil) e Laertevisão: Coisas que não Esqueci, também trabalhou na televisão produzindo textos para a TV Pirata e TV Colosso – da TV Globo.
Atualmente, Laerte diz que conhece poucos profissionais de charge que são envolvidos de alguma forma com o cenário político, muitos apenas seguem roteiros pedidos pelor jornais em que trabalham. O trabalho transgressor está sendo feito, sengundo ela, pelas novas gerações, na internet.
Laerte também defendeu a democratização dos meios de comunicação: “Eu acho que uma lei de regulamentação da mídia nada tem a ver com o controle da mídia. É justamente o contrário. Hoje a [grande mídia] está nas mãos de pouca gente. O que é possível existir em um país como o nosso, com tanta diversidade, é muito maior que isso”.
Bissexual e transgênero, Laerte defendeu a atriz transexual Viviany Beleboni, que usou a imagem da cruz para simbolizar a violência contra Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs). “O trablaho da Viviany na parada é uma expressão chargística, de uma simplicidade e com tanta coisa sendo dita e ao mesmo tempo, de uma forma acessivel para todo mundo.”
Sobre a intolerância contra a LGBTs, Laerte diz que a maior parte das pessoas LGBT que conhece têm religião. “É briga de algumas lideranças fundamentalistas.”
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