(Foto: Assessoria)

Cerca de 250 policiais federais, junto com o Ministério Público Federal, cumprem 53 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, na Operação Politeia, que trata dos investigados da Operação Lava Jato e que têm foro privilegiado.
Os mandados estão sendo cumpridos nos Estados de Alagoas (7), Rio de Janeiro (5), Distrito Federal (12), Pernambuco (8), São Paulo (5), Bahia (11) e Santa Catarina (5).
O Senador Fernando Collor (PTB), é um dos citados na investigação. Os policiais fizeram busca e apreensão de documentos e computadores na casa do senador, em Brasília, e na TV Gazeta de Alagoas, em Maceió, empresa de Collor, afiliada da TV Globo.
Fernando Collor é um dos suspeitos do esquema de corrupção da Petrobrás, e está sob investigação da Justiça depois que o doleiro Alberto Youssef, que está preso em Curitiba, disse, em depoimento, que fez vários depósitos, em dinheiro, em nome de Collor. Além de Youssef, Collor também foi citado pelo dono da construtora UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, preso durante a Operação Lava-Jato, que também falou ter feito doações para a campanha política do senador, com dinheiro ilícito.
Nos outros estados, as buscas e apreensões de bens e documentos foram autorizadas pela Justiça, para evitar que os investigados destruam possíveis provas que os incriminem.
A Operação diz respeito a seis processos instaurados a partir de provas obtidas com a Operação Lava-Jato. De acordo com a Polícia Federal, os mandados foram expedidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski e Teori Zawascki, onde os acusados estão sob investigação e podem responder por lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa, fraude a licitação, evasão de divisas (operação cambial sem a intermediação de um estabelecimento bancário, envolvendo valores acima de R$10.000,00, com o especial fim de enviar esses recursos para o exterior), entre outros crimes. Além de Fernando Collor, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) também, são alvos das ações da PF.
Ainda segundo a PF, o nome da operação, Politeia, foi inspirado no livro “A República”, de Platão, que em grego faz referência a uma cidade perfeita, onde a ética prevalece sobre a corrupção.