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Propina em mochilas: Andrade Gutierrez e Odebrecht são denunciadas na Lava Jato
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça, na tarde desta sexta-feira (24), uma denúncia contra os presidentes de duas das maiores construtoras do Brasil: Odebrecht e Andrade Gutierrez. Entre os denunciados pela Procuradoria na Operação Lava Jato estão os presidentes da Odebrecht S.A., Marcelo Bahia Odebrecht e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo.
Durante entrevista coletiva, os procuradores do MPF do Paraná mostraram com o esquema de pagamento de propinas era cheio de meandros, que ia de contas fora do Brasil em offshore (quando as empresas têm sede fora de seu país de origem com o objetivo de fugir da tributação) até o transporte de R$ 400 mil em espécie em mochilas.
Os presidentes das duas construtoras foram denunciados pelos crimes de organização criminosa corrupção e lavagem de dinheiro cometidos em contratos da Petrobras, de acordo com a Lava Jato. Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas pelo MPF.
Na Odebrecht, além do presidente, foram denunciados os executivos Márcio Faria da Silva, Cesar Ramos Rocha e Alexandrino de Salles de Alencar. Na Andrade Gutierrez, as denúncias incluíram os executivos Rogério Nora de Sá, Elton Negrão de Azevedo Júnior, Paulo Roberto Dalmazzo, Flávio Magalhães e Antônio Pedro Campello – além de Otávio Azevedo. O MPF denunciou ainda Celso Araripe, ex-funcionário da Petrobras, e outros operadores que auxiliaram na lavagem de dinheiro.
Para o procurador responsável pela força-tarefa de investigação da Lava Jato, Deltan Dallagnol, destacou que a apuração é um “momento histórico” no combate à corrupção e que a “impunidade foi rompida” no Brasil.
Até agora a investigação conseguiu recuperar R$ 870 milhões, cujos valores desviados da Petrobras trouxeram “cicatrizes para a saúde e para a educação”. “Por mais poderosos que sejam seus autores [dos crimes], ninguém esta acima da lei”, disse aos jornalistas.
Em junho, os executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez foram presos na 14ª fase da Lava Jato, chamada Erga Omnes, uma expressão usada no meio jurídico para indicar que os efeitos de algum ato ou lei atingem todos os indivíduos.
Também nesta sexta-feira, a Justiça Federal no Paraná decretou nova prisão preventiva do presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e de mais quatro diretores da empresa.
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