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Exposição conscientiza sobre preservação de lagoas alagoanas

Segundo o fotógrafo alagoano Jorginho Viera, a galeria demonstra que a arte é capaz de alcançar a sensibilidade humana, ao ponto de conscientizar as pessoas da existência de um território que deveria ser apreciado e preservado (Foto: Ailton Cruz)
No hall de entrada do Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa), no centro da capital, uma velha canoa de pescador acumula restos de uma civilização alagoana contemporânea, em um habitat degradado pela ação humana. O meio de transporte e instrumento de trabalho para brejeiros maceioenses é, na verdade, uma escultura moldada pelo artista plástico Paulo Caldas para receber os visitantes da exposição ‘Lagoa – O que faço com tudo isto? ‘, lançada na última sexta-feira (24), pela Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult).
Segundo o secretário de Estado da Comunicação, Ênio Lins, que representou o governador Renan Filho na solenidade de abertura, a mostra é mais um evento que faz parte do programa de resgate cultural no perímetro da Praça dos Martírios. O projeto visa oferecer gratuitamente ao público opções de atividades culturais permanentes.
“Estamos atualmente com uma exposição dupla, de fotografias e gravuras. Mais um evento de grande sucesso, de alto nível, promovido pela Secult. São trabalhos excepcionais, tanto do fotógrafo Jorginho Vieira quanto do artista plástico Paulo Caldas e do poeta Bento Calaça. Com certeza, durante todo esse ano, nós teremos uma série de exposições como essa”, afirmou Ênio Lins.
A simbologia da embarcação naufragada desperta a consciência ambiental dos visitantes. Os quadros expostos atraem os olhares curiosos de um público composto por diversas faixas etárias. É o exemplo da estudante Layse Lucena, de 20 anos, que, pela primeira vez, visitou uma exposição de arte no Museu Palácio Floriano Peixoto e ficou impressionada com a qualidade dos desenhos feitos de nanquim e grafite, emoldurados manualmente pelo artista plástico Paulo Caldas.
“Eu achei que as imagens fossem feitas por computador. Mas, por serem feitas à mão, com tantos detalhes, ficou numa precisão impressionante. Juntar os amigos e conhecer um local maravilhoso como este é uma oportunidade de conhecer nossa cultura, o que é da terra”, destacou.
Segundo o fotógrafo alagoano Jorginho Viera, a galeria demonstra que a arte é capaz de alcançar a sensibilidade humana, ao ponto de conscientizar as pessoas da existência de um território que deveria ser apreciado e preservado.
“A ideia de levantar esse tema nasceu de mostrar a maneira que as pessoas se relacionam com a Lagoa. É a ideologia de uma lagoa dos sonhos, perfeita e exuberante”, detalhou.
Visitação
A exposição ‘Lagoa – O que faço com tudo isto?’ ficará aberta para visitação pública na galeria do Mupa até o dia 21 de agosto deste ano. Com 15 desenhos do artista plástico Paulo Caldas, 15 fotografias do fotógrafo Jorginho Vieira e colaborações poéticas de Bento Calaça, a exposição faz um apanhado de imagens que retratam lagoas alagoanas.
O Mupa fica localizado na praça Floriano Peixoto, no centro de Maceió. Escolas públicas e privadas também podem agendar visitas à exposição por meio do telefone 3315-7874.
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