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À memória de Brígida da Suécia
Na semana passada, na última quinta-feira, o Calendário de Santos da Igreja Católica celebrou a memória de SANTA BRÍGIDA, nascida na Suécia (1303) e falecida em Roma (1373), aos 70 de idade. Brígida foi religiosa, escritora, teóloga, fundadora de ordem religiosa, padroeira da Suécia e co-padroeira da Europa. Era filha do aristocrata e juiz Birger Persson, e de Ingeborg Bengtsdotter. Seus avôs paterno e materno e seu irmão exerceram a profissão de Juiz na província de Uppland. Seu esposo e um filho foram também exerceram a mesma atividade. Seu avô materno era primo de “Magnus Ladulás”, de modo que Brígida tinha parentesco com a família real sueca. Seu pai foi Conselheiro Real. Por influência dos seus pais e do seu esposo, pertenceu aos círculos políticos mais influentes da Suécia medieval.
Com 07 anos de idade, Brígida afirmou ter tido uma visão com Nossa Senhora e, aos 10 anos, após um Sermão sobre a Paixão e Morte de Nosso Senhor, sonhou com Jesus Cristo, convertendo a Paixão de Cristo em centro da sua vida espiritual. Antes de completar 14 anos de idade, contraiu matrimônio com Ulf Gudmarsson, com quem teve uma vida feliz durante 28 anos, e com ele teve 04 filhos e 04 filhas, uma delas é venerada com o nome da “Santa Catarina da Suécia”. A devoção de Brígida também influenciou seu marido. Entre outras viagens, o casal realizou peregrinações a Nídaros (atual Trondheim) e a Santiago de Compostela, na Espanha. Esta última seu pai já a tinha igualmente realizado. A caminho da Espanha, na cidade francesa de Arras, Ulf Gudmarsson adoeceu.
Quando se temia o pior, o Santo francês São Dionísio apareceu diante de Brígida e lhe prometeu que seu marido não morreria naquela ocasião. De volta à Suécia, Brígida e o marido se estabeleceram junto ao mosteiro Cistercense de Alvastra, onde Ulf faleceu em 1344, aproximadamente.
Após a morte do seu esposo, Brígida repartiu seus bens entre os herdeiros e os pobres, passando a viver de maneira simples nas imediações do Convento de Alvastra. Na igreja de São Lourenço em Panisperna, na colina de Viminale, perto de onde morava, pedia aos transeuntes esmolas para os necessitados. Também aproveitou para viajar em peregrinação ao Santuários de Assis, à Nápoles e ao sul da Itália. Nessa época, suas visões se tornaram mais numerosas, formando a maior parte das aparições que Brígida vivenciou até sua partida para Roma. Foi durante elas que Brígida recebeu a missão de levar mensagens a políticos e líderes religiosos, assim como teve diálogos com santos e mortos.
Em 1355 ela foi chamada pelo rei Magno IV da Suécia para converter-se em Dama de Honra da Rainha “Branca de Namur”. Mas uma doença deixou seu marido de cama por longo período. Após as orações de Brígida, ele recobrou a saúde, por isso ambos consagraram-se a Deus na vida religiosa. Brígida ficou mais quatro anos neste convento, dedicada à penitência e à oração. Suas visões e revelações se referiam a assuntos polêmicos da sua época e muitos reconhecem que, graças a essas visões, obtiveram acordos de paz e estabeleceram relações políticas entre os Estados. Essas visões foram escritas no idioma latim pelo Monge Prior do Mosteiro, Pedro de Skninge, que foi o único a quem a Brígida confiava as suas visões divinas, como confessor, que, por revelação divina, fundou na cidade de Vadstena um Monastério e mais tarde a “Ordem do Santíssimo Salvador”.
Seu ministério apostólico compreendia austeridade, devoção e peregrinação aos Santuários. Sua severidade consigo mesma e sua bondade com o próximo resultou numa total entrega aos cuidados dos pobres e dos doentes.
Foi na “gruta das orações” (construída no séc. XX), onde se encontra a Igreja de Skederid (do séc. XIII) que Brígida teve suas visões. Foi lá que a Virgem Maria apareceu à Brígida pela primeira vez. Nesse Templo a menina Brígida passou sua infância tendo visões. Uma vez ela viu a Virgem Maria colocar em sua cabeça uma coroa. Em outra ocasião, viu Jesus Cristo diante dela sendo torturado e morto na cruz. Em 23 de julho de 1373, Brígida faleceu ao lado do fiel confessor. Foi canonizada pelo papa Bonifácio IX no dia 07/10/1391. Os restos de Santa Brígida se encontram no convento de Vadstena. O edifício onde a Santa viveu em Roma (Casa de Santa Brígida), contém uma Igreja, um Convento e um Albergue. Em 1999, a beata Brígida foi elevada à Santa. É venerada como Padroeira da Suécia e junto com Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz, é co-padroeira da Europa. Sua memória litúrgica é comemorada em 23 de julho de cada ano… Pensemos nisso! Por hoje é só.
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