Roseane Cavalcante ressaltou, sobretudo, a necessidade de aliança com o terceiro setor para combater as variações da violência. (Foto: Adailson Calheiros)

Cerca de 200 adolescentes, estudantes da rede estadual de ensino, participaram do XX Seminário Afro Alagoano Ìgbà-Êre Narrativas Plurais: “O Silêncio Escolar sobre o Racismo Cotidiano”, realizado pelo Instituto Raízes de Áfricas, nesta sexta-feira (31), com o apoio do Governo do Estado.
O evento foi iniciado com uma apresentação de dança-afro, de alunos da Escola Estadual Adeilza Maria Oliveira. A secretária da Mulher e dos Direitos Humanos, Roseane Cavalcante de Freitas, Rosinha da Adefal, uma das integrantes da mesa de abertura do seminário, ressaltou a importância de estreitar parcerias com o terceiro setor, a exemplo do Instituto Raízes de Áfricas, como forma de combate aos vários tipos de violência.
“O Governo do Estado tem compromisso com mudanças, por isso, precisamos de parceiros como o Instituto Raízes de Áfricas para manter a cultura afro, tão importante para o país”, disse a secretária.
Ela dirigiu-se ao público, composto por maioria de jovens, para ressaltar que, “precisamos estar inseridos no que se discute nas escolas e como está sendo discutido. Queremos que vocês sejam parte dessa mudança”, afirmou a secretária.
O seminário fez referência também aos 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e ao “Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra”.
Rainha Tereza foi líder do Quilombo do Piolho, ou do Quariterê, no Mato Grosso, durante o século XVIII. Sob sua liderança, a comunidade composta por negros e indígenas resistiu à escravidão por duas décadas. Quariterê foi destruído em 1770, com sua população morta ou aprisionada.