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Interlocução de Renan Filho garante desocupação do porto

Governador Renan Filho ligou para ministro Mercadante para encontrar uma resolução da questão agrária em Alagoas. (Foto: Marcio Ferreira)
Graças à intervenção do governador Renan Filho, os movimentos sociais que ocupavam o Porto de Maceió há dois dias, deixaram as instalações portuárias na noite dessa terça-feira, 4, no bairro de Jaraguá. Como interlocutor, Renan Filho conseguiu uma agenda com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias.
Os motivos que levaram a ocupação do Porto de Maceió são as pendências federais no tocante a reforma agrária no estado. Especificamente, eles lutam pelo “descontingenciamento” dos recursos que dão andamento a desocupação de terras improdutivas em Alagoas, sobretudo as áreas da massa falida do Grupo João Lyra (elas compreendem as terras das usinas Uruba, Laginha e Guaxuma). Eles pleiteiam as terras para torná-las produtivas. E será para o ministro que as lideranças alagoanas vão encaminhar seus pleitos locais no dia 1º de setembro próximo, em Brasília.
Como efeito direto da paralisação das atividades marítimo-portuárias, proprietários de postos de combustíveis temiam um desabastecimento do produto na capital. E de acordo com a direção do Porto de Maceió, o prejuízo financeiro estimado foi de US$ 150 mil.
Sensível a situação, o governador alagoano, ao firmar o compromisso com os manifestantes e informar, por telefone, a confirmação de agenda com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, encarecidamente solicitou a desocupação do porto. Prontamente, José Roberto, um dos líderes do movimento, assegurou ao governador que a desocupação aconteceria de imediato – e assim ocorreu ainda na noite de terça-feira.
O próprio Renan Filho ligou para o ministro-chefe da Casa Civil, Aloisio Mercadante, para solicitar a resolução imediata do problema junto ao governo federal. Por sua vez, Mercadante agendou para o dia 1º de setembro um encontro entre Patrus Ananias e as lideranças do movimento em Alagoas.
São mais de 3 mil trabalhadores rurais envolvidos na ocupação e para garantir um deslocamento seguro para trabalhadores o Estado forneceu ônibus gratuitamente.
A manifestação atende a uma demanda que repercute nacionalmente. Em cada estado da federação, os movimentos rurais se encarregaram de levantar suas bandeiras de luta. Marcaram presença na ocupação integrantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento Unidos pela Terra (MUPT), Movimento dos Sem Terra (MST, Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), Terra Livre e Via do Trabalho.
Decisão judicial
A juíza Maria Valéria Lins Calheiros, titular da 5ª Vara Cível da Capital, determinou no início da noite terça-feira, 3, a desocupação do Porto de Maceió.
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