Aposentado José Lima de Oliveira Filho foi salvo na nova unidade de AVC, inaugurada recentemente pelo Governo de Alagoas (Fotos: Thallysson Alves)

Inaugurada há menos de um mês, a Unidade de AVC do Hospital Geral do Estado (HGE) já faz a diferença na vida dos alagoanos. É o que afirma o aposentado José Lima de Oliveira Filho, de 68 anos, que chegou ao hospital prestes a sofrer um derrame cerebral, mas, graças à eficiência do serviço, teve a vida salva.
Há exatamente uma semana, o caminhoneiro chegou ao HGE com um discurso incoerente, não conseguia formar frases, ria muito, não compreendia as perguntas feitas pela equipe médica. Como se não bastasse, estava com o braço direito fraco e já não enxergava com o olho direito.
“Tivemos que controlar a pressão arterial, que estava muito alta, os calafrios, vômito e febre. Corremos contra o tempo para salvar o cérebro dele. Aplicamos o trombolítico [medicamento utilizado para dissolver, com emergência, o coágulo que obstrui a artéria] e depois fizemos uma tomografia. Não encontramos mais nada”, lembrou a médica da Unidade de AVC do HGE, Rafaela Tenório.
Para se ter uma ideia, na avaliação do paciente utilizando a escala de NIH (National Institute of Heath), que varia de 0 a 42 (sendo o maior número o estado mais grave), José chegou ao HGE com 14 pontos e, na terça-feira (4), estava com 0 ponto. Essa escala é a mais utilizada na avaliação da gravidade e para o acompanhamento da evolução clínica do Acidente Vascular Cerebral (AVC).
“Eu sou diabético. Lembro que, antes disso tudo, eu tomei insulina em casa, pois achava que a glicose estava baixa. Mas antes não verifiquei. Eu moro no conjunto Eustáquio Gomes e precisei ir ao centro da cidade para uma consulta particular com um angiologista, que não pôde me atender. Fiquei muito irritado e, ao voltar para casa, os sintomas começaram. Meu filho me levou ao Ambulatório 24 Horas e logo me transferiram para o HGE”, disse José Lima.
Todo o socorro ao paciente durou 3h30, segundo informou a médica. José Lima ainda foi submetido aos exames doppler de carótidas e vertebrais, ecocardiograma transtorácico, eletrocardiograma, tomografia de crânio e raios-X de tórax. Todos realizados no próprio HGE.
“O hospital salvou minha vida. Se eu não tivesse esse atendimento, eu tinha morrido. Sinto uma alegria muito grande e ainda mais vontade de viver”, afirmou José, emocionado, apenas aguardando mais um exame para confirmar a sua recuperação.