Cosems avisa que se nada for feito os serviços na área de saúde vão ser reduzidos (Foto: G1/AL)

Secretários municipais de saúde de Alagoas se reuniram hoje pela manhã (21), no Conselho Regional de Medicina (CRM-AL), para encontrar soluções para driblar a crise financeira que o país enfrenta. Só em Arapiraca, do final do ano passado até agora, foram demitidos mais de 400 comissionados e contratados.

Os secretários dizem que, com os cortes nas arrecadações, não conseguem arcar com todas as despesas da saúde e que isso tem gerado demissões. O presidente do Conselho das Secretarias de Saúde de Alagoas (Cosems), Ubiratan Pedrosa, se nada for feito, os serviços na saúde podem ser reduzidos e a população será prejudicada.

“Demissões já aconteceram. Só em Arapiraca, do final do ano passado até hoje, foram mais de 400 pessoas demitidas. Esse valor é muito alto. Estamos querendo chamar a atenção da população para esse grave problema para que o caos não seja estabelecido. Nenhum serviço foi cortado ainda, mas os municípios não aguentam mais essa situação sozinhos”, afirma.

Ainda segundo Pedrosa, foram gastos 50% a mais que o mínimo previsto pela Constituição na saúde. “É um valor bem acima que não podemos mais arcar com isso. O orçamento que o governador encaminhou para a Assembleia Legislativa está bem abaixo. Esperamos que os deputados sejam sensíveis com a causa e que possam rever o orçamento municipais para a saúde”, diz.

Pedrosa afirma ainda que como está havendo muitas demissões e que o cenário brasileiro não está muito bom, é preciso um diálogo maior com a população. “Se a população quer um serviço de qualidade, é necessário que ela escute as propostas dos governos, deputados e vereadores, para que os melhores sejam selecionados”, garante.

“Queremos ainda que o projeto que trâmita na Câmara Federal sobre 10% da arreacadação da União seja destinada ao Sistema Único de Saúde [SUS], com isso, os municípios teriam uma folga e conseguiriamos melhorar os serviços”, diz o presidente do Cosems, Ubiratan Pedrosa.