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Núcleo Ressocializador apresenta baixo índice de reincidência criminal

Os custodiados da unidade desenvolvem trabalhos nas oficinas de marcenaria, saneantes, mecânica, além de realizar os serviços gerais da unidade (Foto: Neno Canuto)
Há quatro anos nascia uma unidade prisional com a proposta de intensificar o trabalho de humanização para ressocialização, evitando a reincidência dos crimes em Alagoas. A proposta inovadora ganhou vida e hoje é conhecida como Núcleo Ressocializador da Capital (NRC). A unidade nunca registrou fugas e rebeliões e tem um índice de reincidência criminal inferior a 5%, bem abaixo da média nacional que ultrapassa os 70%.
No NRC os custodiados seguem uma metodologia disciplinar diferenciada. Seguindo um modelo de sucesso implantado inicialmente na cidade de Leon, na Espanha, a unidade adota o Módulo de Respeito, onde os reeducandos obedecem regras para boa convivência e têm o comportamento avaliado diariamente. Já os setenta servidores penitenciários passam por um calendário de capacitações para manter a metodologia em vigor.
Os custodiados da unidade desenvolvem trabalhos nas oficinas de marcenaria, saneantes, mecânica, além de realizar os serviços gerais da unidade e produzir obras de arte na Fábrica da Esperança do Sistema Prisional. Além das atividades profissionais, existe assistência social, médica e psicológica a todos os reeducandos. No quesito educação, são ofertadas aulas para o ensino fundamental, médio e superior no próprio NRC.
O reeducando do NRC, José Ricardo da Silva assegurou que a disciplina exigida na unidade e os serviços ofertados transformam a vida dos custodiados. “As avaliações diárias mostram o interesse de cada um com as atividades do Núcleo. Existindo interesse, não falta trabalho e educação. Inclusive, vou fazer o Prouni neste ano para ingressar no ensino superior aqui mesmo”, comentou.
A gerente da unidade, Georgia Cavalcante, falou da importância dos trabalhos do NRC para gerar oportunidade àqueles que sonham com um futuro melhor após pagar suas penas e agradeceu ao apoio recebido pela Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social. “A confiança e estrutura disponibilizada pela Seris para colocar essa metodologia inovadora em prática é fundamental para desempenharmos nossa missão: promover a reintegração social em sua plenitude”.
Segundo o secretário executivo da Seris, major PM Marcos Henrique do Carmo, existe uma preocupação do Estado em cumprir tudo aquilo que prevê a Lei de Execuções Penais para que o custodiado não venha a cometer um novo delito ao cumprir com sua pena. “Buscamos implantar ações em vários segmentos para manter a ordem e a disciplina no sistema prisional, de modo que os custodiados sejam reintegrados socialmente”, afirmou.
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