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Especialistas começam análise das caixas-pretas de avião russo
A leitura das duas caixas-pretas do avião russo da Metrojet, que caiu no último sábado na península do Sinai, causando a morte de 224 pessoas, começa nesta terça-feira (3) no Egito. Uma segunda equipe com mais três peritos da Agência Francesa de Análise e Investigação para a Aviação Civil (BEA), chegou ao Cairo para cooperar com os trabalhos. Além de especialistas russos, representantes da Airbus e investigadores alemães trabalham no caso, como prevê a regulamentação internacional.
Na falta de indícios concretos sobre as causas do acidente, os especialistas têm grandes expectativas em relação às informações das caixas-pretas. Uma delas contém os parâmetros do voo e dados técnicos do avião. A outra tem registros das conversas entre os pilotos na cabine.
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, disse hoje que as investigações serão longas. O líder egípcio declarou que a reivindicação de atentado feita pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico é propaganda falaciosa. Mas ontem, a direção da companhia aérea excluiu a hipótese de qualquer falha técnica na aeronave e afirmou que só um fator externo pode ter provocado a queda do avião.
Especialistas já descartaram a hipótese de que o avião tenha sido atingido a 10 mil metros de altitude por um míssil de longo alcance. Sobram então duas hipóteses: um problema técnico que teria provocado uma explosão levando à desintegração do avião em pleno voo ou uma bomba teria sido colocada no aparelho. Segundo especialistas, mesmo que pequena, o material explosivo poderia ter criado um buraco na fuselagem do avião, levando à desintegração da aeronave.
Identificação dos corpos
Em São Petersburgo, no noroeste da Rússia, de onde eram a maioria dos 224 passageiros, as famílias das vítimas começaram a identificar na segunda-feira (2) 140 corpos que foram enviados ao local. “É um processo longo e laborioso que vai durar o tempo que for necessário”, declarou Igor Albina, vice-governador de São Petersburgo.
Um segundo avião transportando os restos de outras vítimas do pior desastre aéreo envolvendo a Rússia chegou na manhã desta terça-feira. Enquanto isso, as buscas continuam para encontrar os últimos corpos e potenciais pistas espalhadas por uma vasta área no deserto do Sinai.
Ontem, pela primeira vez desde a tragédia, o presidente russo, Vladimir Putin, falou em cadeia nacional de televisão. Ele agradeceu ao povo de São Petersburgo pela dignidade de sua resposta a esta “tragédia terrível” e ressaltou a necessidade de esperar por “uma imagem objetiva do que aconteceu”.
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