Profissionais do Serviço Social da Unidade de Emergência do Agreste fazem alerta sobre possíveis tentativas de golpes aplicadas por estelionatários [Foto: Adalberto Custódio]

Na semana passada, a Unidade de Emergência do Agreste, através do Serviço Social e direção, intensificou o trabalho de orientação junto aos familiares de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na unidade, no sentido de alertá-los sobre possíveis tentativas de golpes aplicadas por estelionatários.  O golpe costuma ocorrer quando os estelionatários se aproveitam do momento de fragilidade dessas pessoas para subtraírem dinheiro.

De acordo com as assistentes sociais Fabrísia Amaral e Rosana Queiroz, golpes dessa natureza estão se tornando corriqueiros em todo o território nacional e já há registros de vítimas em Alagoas. Diante do crescimento dessas investidas criminosas, profissionais do Serviço Social têm buscado intensificar ações socioeducativas através de palestras em salas de espera, reuniões com acompanhantes e orientações aos visitantes no intuito de inibir a ação dos estelionatários.

Ainda segundo as assistentes sociais, na própria Unidade de Emergência do Agreste já foram detectados telefonemas suspeitos em busca de informações sobre pacientes. “Os servidores do hospital estão em alerta para detectar qualquer indício suspeito de golpes”, frisou Rosana Queiroz.

Em outros hospitais pelo Brasil, os estelionatários aplicam os golpes utilizando a seguinte dinâmica: Após conseguir o contato da família dos pacientes internados na UTI, uma pessoa se passa um por médico, telefona para essas pessoas e solicita o depósito de um determinado valor financeiro para a realização de procedimentos cirúrgicos ou exames complexos que, segundo eles, não são realizados pelo hospital.

Fragilizados com a situação e com o sentimento de fazer qualquer coisa para salvar a vida do familiar internado, essas pessoas acabam acreditando na conversa dos golpistas e realizam depósitos em dinheiro. Ao chegarem à unidade hospitalar recebem a informação que contato algum foi feito pelo hospital. “A Unidade de Emergência do Agreste não utiliza esse tipo de procedimento, pois se trata de um hospital 100% SUS”, alertou Fabrísia Amaral, coordenadora do Serviço Social da Unidade de Emergência do Agreste.

Ainda segundo a assistente social, nas palestras educativas junto aos familiares dos pacientes também são levadas informações sobre os direitos do usuário do SUS, com ênfase no acesso aos serviços, assim como orientações aos usuários sobre as condições oferecidas pela instituição hospitalar, normas, alta médica e outros procedimentos que possam preveni-los contra essas ações criminosas.

O Serviço Social da Unidade de Emergência do Agreste tem como finalidade identificar e intervir na questão social expressa no processo saúde–doença, numa perspectiva de totalidade, interpretando junto à equipe de saúde aspectos relevantes no âmbito social na direção dos direitos e humanização dos serviços prestados.