Juca Ferreira recebeu nesta quinta-feira a Gran Cruz da Ordem da Estrela do Acre (Foto: Lia de Paula/Ascom MinC)

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, recebeu nesta quinta-feira (12), das mãos do governador Tião Viana, a Gran Cruz da Ordem da Estrela do Acre, a maior condecoração do estado. Realizada na Biblioteca Pública de Rio Branco, a solenidade contou com a presença de artistas, fazedores culturais, gestores públicos e autoridades do estado, como a secretária da Casa Civil, Flora Valadares, a presidenta da Fundação de Cultura e Comunicação do estado, Carla Martins, o prefeito de Rio Branco, Marcos Alexandre, o superintendente estadual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Deyvesson Gusmão, o deputado estadual Daniel Zen e a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Ivana Bentes.

A presidenta da Fundação de Cultura e Comunicação do Acre, Carla Martins, fez a apresentação da biografia do ministro Juca Ferreira, destacando sua atuação no MinC desde o início do governo Lula, quando ele ocupou o cargo de secretário-executivo na gestão de Gilberto Gil e, depois, o de ministro.

“Neste período, avançamos muito, pois a democratização das políticas de cultura favoreceu o Acre. Hoje, vivemos um momento delicado, de enfrentamentos e de inibição de políticas públicas, mas quero fizer que o MinC não deixou de investir no nosso estado, afirmou. Ela destacou que, para 2016, estão previstos investimentos de R$ 6 milhões para a restauração da casa onde viveu o líder seringueiro Chico Mendes, a restauração do prédio do Clube Tentamen e para dois editais de produção cultural.

O governador do Acre, Tião Viana, disse que a outorga da Gran Cruz é uma homenagem de todo o povo acreano ao ministro Juca Ferreira, que sempre apoiou o estado. Tião Viana foi muito aplaudido ao anunciar o aporte de R$ 10 milhões ao Fundo Estadual de Cultura.

O ministro Juca Ferreira demonstrou alegria com a condecoração. Ele elogiou os gestores públicos do Acre, que, nos últimos anos, tiveram sensibilidade para a questão indígena. Hoje, apenas uma etnia acreana ainda não tem sua terra demarcada. “Isso é um avanço, pois, sem a posse da terra, os indígenas têm sua existência ameaçada. Sem terra não há cultura indígena e, hoje no Brasil, há um claro ataque aos diretos desses povos”, afirmou.

Juca Ferreira ressaltou que a postura republicana das jovens lideranças políticas do Acre é um exemplo para todo o Brasil. Ele contou que, quando chegou ao MinC, em 2013, não havia um conceito de política pública cultural e, muito menos, o ministério considerava a cultura indígena como algo fundamental para a identidade nacional. “Hoje este é um tema central para nós”.

O ministro também fez um balanço das atividades do MinC em 2015, destacando a reforma da lei Rouanet, importante para a democratização do fomento e do incentivo cultural; a Política Nacional das Artes, que está em construção; a modernização da legislação de direitos autorais; e a regulamentação da Política Nacional de Cultura Viva, com a retomada dos Pontos de Cultura, entre outros projetos.

Logo depois da solenidade, o ministro e a secretaria Ivana Bentes participaram de uma roda de conversa com os presentes.