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França fica em estado de alerta após dia mais violento desde a 2ª Guerra

Com medo, torcedores tomaram o gramado do Stade de France após o fim da partida (Foto: Copyright British Broadcasting Corporation 2015)
Em meio a informações ainda desencontradas sobre o número de vítimas e de autores dos ataques mortos, um promotor afirmou a jornalistas que cúmplices dos atentados ainda poderiam estar à solta.
Até a publicação deste texto, nenhum grupo havia reivindicado os ataques. Relatos apontavam que oito dos autores haviam morrido, sete deles após acionarem cintos suicidas.
Leia também: ‘Há sangue por todos os lados’: Testemunhas relatam noite de terror em Paris
O clima de insegurança chegou aos Estados Unidos, onde algumas grandes cidades, como Nova York, afirmaram que reforçariam sua vigilância nos próximos dias. A Bélgica anunciou um aumento no controle de suas fronteiras, especialmente a que a liga com a França.
Ao falar com a imprensa do lado de fora da casa de shows Bataclan, cenário de maior parte das mortes, o presidente francês, François Hollande, classificou os atentados como “uma abominação e um ato bárbaro” e disse que o país travará uma luta “sem misericórdia” contra os “terroristas”. Ele cancelou sua viagem à Turquia, onde participaria do encontro do G20.
Líderes mundiais, como presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, prestaram solidariedade e ofereceram ajuda à França.
Sequência de horror
Confira a sequência dos acontecimentos, no horário local, de acordo com os relatos tornados públicos até a publicação deste texto:
21h20: Primeiros ataques foram reportados em áreas boêmias não distantes da praça da República, uma das principais da cidade e palco frequente de manifestações políticas e populares.
21h30: Enquanto a seleção do país jogava contra a Alemanha no estádio Stade de France, no norte da cidade, a primeira de ao menos duas explosões foi ouvida. O presidente francês, que assistia à partida, foi retirado do local às pressas.
Segundo relatos ainda não confirmados, houve a ação de ao menos um homem-bomba e o ataque a restaurantes nos arredores da arena.
Após a partida, torcedores ficaram no gramado à espera de informações. Nos túneis, os jogadores das duas seleções assistiam aos desdobramentos da tragédia pela cidade – os alemães permaneceram no local pelo menos até as 2h30.
21:50: Disparos foram registrados em um café ao sul do local onde ocorreram os primeiros atentados. Segundo uma testemunha, dois homens abriram fogo em um café.
22:00: A casa de shows Bataclan se tornou palco do pior ataque. Com 1.500 lugares, o espaço estava com todos os ingressos vendidos para a apresentação da banda de rock norte-americana Eagles of Death Metal.
Homens com armas automáticas abriram fogo contra a plateia e fizeram reféns. Duas horas depois, a polícia invadiu o local. Cerca de 80 pessoas morreram.
Também houve relatos de ataques em outras áreas, como a avenida da República e o Boulevard de Beaumarchai, próximo à praça da Bastilha.
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