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Palmeira: nome de ex-conselheiro surge para apagar incêndio político entre governistas
Em Palmeira dos Índios a sucessão de James Ribeiro (PSDB) está deflagrada em que pese o prefeito não querer fazer isso no momento.
Contudo os nomes que estão querendo ir para a disputa (até agora) já começam o jogo de bastidores e os afagos e farpas são inevitáveis.
Na situação três nomes disputam a vontade e preferência do prefeito tucano: Rodrigo Gaia (PSDB), Verônica Medeiros (PSDB) e Antônio Fonseca (PMDB). O trio compõe na equipe de secretários do governo municipal.
Os três apresentam igualdade de condições no pleito vindouro. “Nenhum é mais forte do que o outro”, analisou um expert político local. Outro disse que “cada um deles tem suas qualidades e defeitos, mas nenhum é mais consistente no voto do que o outro”.
Porém os afagos que os pré-candidatos governistas entoam em público, uns para os outros, nos bastidores são suplantados pelas farpas, mais veementes e contundentes. E isso acirra os ânimos dos concorrentes, embora neguem qualquer animosidade.
Como a situação tende a se agravar a cada dia que passa a solução é apagar o incêndio o quanto antes.
Com candidatos medianos e a ascensão do vereador Julio César (PSB) que em breves dias deverá comandar a rádio Farol FM – um bom palanque político (que pertence ao correligionário de partido o deputado JHC), os governistas estariam preparando um “plano b” para tentar estancar o rápido avanço do vereador de Palmeira de Fora e acabar de vez a contenda entre eles.
Trata-se do ex-conselheiro Edival Vieira Gaia (PMDB), que ultimamente visita com frequência amigos em Palmeira dos Índios e está constantemente aparecendo nas redes sociais, através de seus cabos eleitorais mais chegados.
“Um bom nome que agregaria todos os governistas e disputaria em páreo duro a eleição com o vereador Julio Cesar que obteve boa votação em 2014 quando assumiu o “múnus” de ser candidato tucano ao governo de Alagoas”, explica um político local.
“Rodrigo Gaia (PSDB) ficaria satisfeito por estar sendo substituído pelo pai; Antônio Fonseca (PMDB) aceitaria a sugestão por ser Edival Gaia membro do partido que ele preside e Verônica Medeiros (PSDB) comporia como vice do conselheiro, mantendo a vontade dos Calheiros em manter a hegemonia do PMDB nos grandes municípios apresentando candidato próprio, além de agradar o ninho tucano de James Ribeiro e Teotonio Vilela.
Outro nome bem avaliado para 2016 seria do vereador Márcio Henrique (PPS), mas por motivos pessoais Márcio não irá disputar nenhum cargo em 2016, conforme declarou.
Com expressiva influência eleitoral, Petrúcio Barbosa (candidato derrotado nas duas últimas eleições em Palmeira dos Índios) e Ângela Garrote (segunda mais votada para deputada estadual no último pleito), já desistiram de Palmeira dos Índios e decidiram manter o vínculo eleitoral com Igaci e Estrela de Alagoas. Petrúcio vai tentar ser prefeito pela quarta vez no município agrestino e disse ainda não ter preferência por nomes em Palmeira dos Índios.
Já Angela Garrote pretende apoiar a reeleição do filho Arlindo em Estrela de Alagoas e lançar um dos filhos candidato a vereador em Palmeira dos Índios.
Outros nomes aparecem na disputa pela gestão dos cofres palmeirense, em que pese ser muito cedo para avaliações, mas que não têm tanta densidade eleitoral: Francisco Tenório (PMN), Adalberon Sá (PROS), Junior Miranda (PTB) e Sheila Duarte (PT).
Francisco Tenório (PMN) que obteve 2500 votos em 2014 já explicou que só sairia candidato a prefeito em Palmeira dos Índios se tiver o apoio de toda a oposição, o que é impossível de acontecer.
Adalberon Sá, que faz parte do grupo do Deputado federal Givaldo Carimbão e do filho, o deputado estadual Carimbinho, teve suas pretensões sepultadas com a decisão do “chefe político” em disputar a prefeitura de Delmiro Gouveia.
Carimbão deverá concentrar todas as forças na eleição em Delmiro que promete ser uma das mais disputadas dos últimos tempos.
Junior Miranda (PTB) é um nome conhecido na cidade, especialmente no bairro de Palmeira de Fora, onde Julio César tomou-lhe a liderança, mas precisaria formar grupo consistente para tentar disputar o pleito em condições melhores. Hoje, o PTB, seu partido, marcha sozinho.
No caso de Sheila Duarte, em que pese seu bom trabalho na Câmara de Vereadores, a legenda que a abriga, o PT, tornou-se muito impopular no país em face dos escândalos nacionais do mensalão e petrolão, que deixa o Partido dos Trabalhadores no ostracismo político, além da crise econômica que atinge toda a população. Se insistir numa candidatura, esses fatores poderão lhe causar danos irreversíveis numa campanha eleitoral, caso pleitei ser cabeça de chapa numa majoritária.
Pelo que se adianta a eleição palmeirense deverá ficar polarizada entre Edival Vieira Gaia (PMDB) e o vereador Júlio César (PSB).
Note-se que o vereador palmeirense já trabalhou para o ex-conselheiro – tanto no Tribunal de Contas como na emissora de sua propriedade e foi ao longo dos anos um de seus principais apoiadores.
Mas, Julio Cesar, sem espaço no grupo tucano a que pertencia, deu o “grito de liberdade”, foi para o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e luta por seu lugar ao sol na seara política palmeirense. Terá muito ainda que pelejar, mas está caminhando corretamente para o embate eleitoral que se iniciará após o carnaval em fevereiro vindouro.
Palmeira poderia estar revivendo o embate da “poeira contra a elite”, ocorrido no final da década de 60 ou seria a luta de Davi contra Golias?
E você em quem aposta?
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