Geral
Projeto Teatro do Oprimido se transforma em espaço de histórias de superação

Participantes tiveram a oportunidade de mostrar, através da arte, situações em que foram vítimas de opressão
(Foto: Carla Cleto)
Proporcionar meios de expressão e criar espaços onde os usuários dos Centros de Atendimento Psicossocial (Caps) possam expor suas histórias, seus desafios e, consequentemente, sua superação. Com esse propósito foi realizado nesta terça-feira (17) a apresentação do Projeto Teatro do Oprimido.
O evento foi realizado no Espaço Cultural Linda Mascarenhas, no bairro do Farol, em Maceió. “O projeto foi iniciado em setembro, desenvolvendo oficinas com usuários e familiares dos Caps Casa Verde e Rostan Silvestre”, explicou a coordenadora do projeto, Claudete Amaral.
Durante a apresentação foram mostradas obras de arte feitas pelos participantes, além da apresentação de um vídeo apresentando todo o processo de realização da peça. “Foram três meses de muito trabalho. Todas as pessoas envolvidas abraçaram o projeto e entenderam a importância para o crescimento e bem-estar dos envolvidos”, destacou a multiplicadora Giselle Torres.
O evento contou com a participação de 30 usuários dos Caps da capital alagoana. “Essas pessoas terão a oportunidade de mostrar, através da arte, situações em que foram vítimas de opressão. Através da interação com a plateia, busca-se, quando possível, soluções para os conflitos existenciais”, explicou a coordenadora.
Monólogo
Durante o evento foi apresentada uma peça, protagonizada por Gilvanete dos Santos, que tratou da história da sua vida. “Pude expressar minha vida. A minha trajetória. De como sofri com a violência doméstica por 18 anos e consegui me reerguer com o apoio da equipe que atua no Caps”, ressaltou.
Gilvanete afirmou que gosta de mostrar a sua história para que todos conheçam os desafios que ela enfrentou e superou. “Gosto de alegrar as pessoas, de mostrar que a felicidade é possível. Hoje vivo em paz com meu novo companheiro, que me trata com o carinho que todos nós merecemos. Todas as pessoas nasceram para serem felizes”, salientou Gilvanete.
Outra participante do projeto, Yda Pires, declarou que o Teatro do Oprimido é importante, pois interage com a plateia e possibilita que os espectadores vejam o ponto de vista de quem tem que lidar com algum distúrbio em sua mente. “A peça mostra que limitações podem ser vencidas e coloca os participantes em movimento, melhorando sua expressão corporal e autoestima. Isso é essencial para o bem-estar de todos. A ociosidade é o mesmo que esperar a morte”, sentenciou Yda.
O projeto acontece graças a parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Ministério da Saúde, Instituto Zumbi dos Palmares, Laboratório Alagoano de Teatro do Oprimido e Ins…piração Ateliê Artístico.
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