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Consulesa fala sobre a importância da inclusão dos negros na sociedade

A consulesa Alexandra Baldeh Loras participou de encontro com a primeira-dama de Alagoas, Renata Calheiros, quando discutiram ações em defesa da igualdade racial no Brasil (Foto: Thiago Sampaio)
A consulesa francesa Alexandra Baldeh Loras visita Alagoas com a finalidade de celebrar o dia da Consciência Negra e participar nesta segunda-feira (23) de diversas ações acerca do assunto. O Governo do Estado, por meio da primeira dama, Renata Calheiros, em parceria com a coordenadora do Projeto Raízes de África, Arísia Barros, participaram das atividades com a diplomata.
Um dos destaques da visita da consulesa francesa a Alagoas foi o convite para falar na Assembleia Legislativa do Estado sobre os desafios do negro no mundo de hoje. Alexandra Loras fala fluentemente o português e concedeu entrevista à Agência Alagoas.
“Estivemos presente no quilombo de Zumbi dos Palmares, junto das autoridades locais, para honrar e celebrar o dia da consciência negra. E hoje, tive um encontro com a primeira-dama para discutir ações visando conquistar mais igualdade racial no Brasil. Quando escuto pelo marketing das empresas que o negro não vende, por isso ele fica ausente das campanhas de publicidade, gosto de refletir que consumimos mais de R$ 49 bilhões por ano. Para tanto, precisamos entrar nas campanhas, sim”, ratificou a francesa.
O secretário de Comunicação do Estado, jornalista Ênio Lins, também participou do encontro.
Durante a fala na Casa Tavares Bastos, Alexandra Loras ressaltou que os desafios do negro brasileiro ainda são grandes. Ela fala que o negro ainda está ausente de todos os ambientes da sociedade e profissões.
“Precisamos quebrar a estigmatização de que a mulher negra nas novelas é a faxineira, ou a amante que destrói o casamento do rico branco. Precisamos ter uma representatividade dos negros em todos os cargos de liderança, para resgatar a autoestima negra, porque hoje 85% das crianças negras, com menos de cinco anos, escolhem a boneca branca como a boazinha e linda, e a negra como a feia e a má”, exemplifica ela.
Participação na Bienal
A consulesa francesa participou de um debate com intelectuais negros e elogiou a qualidade da organização do evento. “A qualidade da Bienal é muito boa. Tem muita cultura e conteúdo de relevância. A cidade mostrou o potencial em organizar um evento na área, além disso, fui muito bem recebida. A gastronomia e praias me encantaram”, finaliza a consulesa francesa.
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