De acordo com a publicação, as revelações foram encontradas em mensagens de WhatsApp no celular do ex-ministro apreendido pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

“Tem que ser nomes com visibilidade e aceitação na sociedade em amplos setores de cada área, senão não acabará bem esse mandato”, afirmou Dirceu em conversa com sua ex-assessora, Maria Alice Vieiras em 10 de novembro do ano passado.

Na ocasião, Dirceu ainda cumpria em regime domiciliar sua pena de sete meses e 11 anos de prisão por corrupção no mensalão. Na época, a ex-ministra e senadora Marta Suplicy estava prestes a deixar o Ministério da Cultura e o PT. Maria Alice era uma das responsáveis por articular o contato entre o ex-ministro e correligionários.

Em uma das conversas reveladas pelo Estadão , eles falaram sobre a saída de Marta da pasta e a possibilidade de ela deixar o PT para disputar a prefeitura de São Paulo em 2016, o que acabou acontecendo. O conteúdo das mensagens força os rumores de que, mesmo afastado da política, Dirceu ainda acompanhava de perto as movimentações do PT.

Em resposta ao jornal, Roberto Podval, que defende o ex-ministro, disse que “Dirceu foi condenado no mensalão, mas não está morto, o direito de atuar politicamente não lhe foi tirado, portanto, é obvio que o mesmo mantinha contatos com vários amigos e falava sobre política”.