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Uma cidade com data de extinção. É isso que o Corinthians encontrará nesta quarta-feira, em sua estreia na Libertadores.

O time de Tite vai até El Salvador, no Chile, para enfrentar o Cobresal. O problema é que o município, encravada no deserto do Atacama em uma altitude de 2.300m acima do nível do mar, tem apenas mais cinco anos de vida e deve ser extinto em 2021.

A cidade, aliás, já está sobrevivendo há mais tempo que o esperado. El Salvador foi fundada em 1959, fruto da mineração do cobre na região. Assim, virou instantaneamente um munícipio que gira completamente em torno das minas de cobre, formado basicamente por mineradores.

Mas o cobre, claro, uma hora acaba. As expectativas eram de que El Salvador fosse extinta ainda em 2011. Dois anos antes, porém, a Michelle Bachelet anunciou que Codelco, empresa estatal que explora o lugar, estenderia os trabalhos até 2021.

O problema é que, após isso, o minério passou a enfrentar uma queda brusca de preço. Depois de valer praticamente 4,5 dólares, agora custa pouco mais de 2. E a cidade, claro, sofre as consequências, com muitos moradores migrando para trabalhar em outros pontos do país.

No meio disso tudo está o Cobresal, que foi fundado em 1979, justamente por conta das minas de cobre – e de uma ação da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) para diminuir os protestos na região. Entre 2007 e 2008, no auge da primeira crise de emigração da cidade, o time viu a média de público despencar e virar a pior da primeira divisão chilena.

O clube rapidamente passou a buscar soluções para se manter vivo. As maiores hipóteses seriam de uma junção com alguma outra equipe de uma cidade próxima ou não. Ficar na cidade, sem a exploração das minas, seria praticamente impossível.

Por enquanto, porém, o clube ainda respira, na mesma casa. Até 2021.