Política
Dilma considera exagerada e desnecessária condução de Lula, dizem prefeitos

Dilma durante reunião com o Comitê de Articulação Federativa e representantes das Associações Estaduais de Municípios, no Palácio do PlanaltoJosé Cruz/Agência Brasil
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, disse hoje (4) que a presidenta Dilma Rousseff fez, no Palácio do Planalto, uma avaliação sobre a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depoimento na Polícia Federal, em São Paulo. Os prefeitos se reuniram com Dilma pela manhã.
“Ela protestou. Acha que as coisas estão fugindo um pouco da chamada normalidade do Estado Democrático de Direito e lamentou que isso esteja acontecendo. Deixou isso muito claro. Ela falou sobre a forma como isso [a condução] está acontecendo, que é exagerada”, afirmou Fortunati. “O ex-presidente Lula nunca se negou a depor, ele sempre usou os mecanismos legais para que seus depoimentos fossem colhidos, sempre foi ao Poder Judiciário, e a presidenta entende que houve um exagero nesta condução forçada do ex-presidente Lula esta manhã. Ela mostrou sua insatisfação com essa situação”, acrescentou.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, ressaltou que a presidenta considerou “desnecessária” a condução coercitiva do ex-presidente Lula, porque ele sempre teria se prestado a dar todos os esclarecimentos à Justiça por vontade própria. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, também classificou de “exagero” a condução coercitiva do ex-presidente. “Não haveria a necessidade da coerção. O ex-presidente sempre se colocou à disposição para prestar esclarecimentos e colaborar com a Justiça, prestando diversos depoimentos”, afirmou o ministro, em sua conta no Twitter.
Mais cedo, com a deflagração da 24ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal conduziu o ex-presidente, que estava em casa, em São Bernardo do Campo, a uma unidade da polícia no Aeroporto de Congonhas para tomar o depoimento.
A PF informou que a Operação Aletheia, nome dado a essa etapa da Lava Jato, envolveu cerca de 200 policiais federais e 30 auditores da Receita Federal, que cumpriram 44 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de condução coercitiva – quando a pessoa é levada para a delegacia a fim de prestar depoimento e depois é liberada. As medidas foram cumpridas em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. A operação inclui buscas em Guarujá, Diadema, Santo André, Manduri e Atibaia.
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