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Irmãos estariam por trás de atentados na Bélgica, diz polícia

Khalid e Brahim el-Bakraoui se suicidaram em ataques com explosivos no aeroporto internacional do país.
(© Foto: Fornecido por BBC)
A polícia da Bélgica identificou os irmãos Khalid e Brahim el-Bakraoui como sendo os dois homens-bomba responsáveis pelos atentados no aeroporto internacional do país na manhã de terça-feira.
Um terceiro homem que aparece nas imagens com eles no aeroporto foi preso. Ele foi identificado pela imprensa como Najim Laachraoui e seria cúmplice de Salah Abdeslam, o principal suspeito dos ataques em Paris em novembro. Abdeslam foi preso na sexta-feira passada.
Nos registros divulgados pela polícia, a partir das câmeras de circuito interno do aeroporto, os irmãos el-Bakraoui aparecem vestidos de preto. Eles também usam uma luva preta em apenas uma das mãos ─ segundo as autoridades, para esconder os detonadores.
Duas explosões no aeroporto e outra em uma estação de metrô na última terça-feira deixaram 34 mortos e cerca de 250 feridos. A Bélgica declarou três dias de luto nacional.
A rede de TV belga RTBF disse que os irmãos já eram conhecidos da polícia e tinham antecedentes criminais.
A emissora disse que Khalid el-Bakraoui usou um nome falso para alugar um apartamento no bairro de Forest, na capital belga, onde a polícia matou um atirador durante um tiroteio na semana passada.
Foi durante o incidente que a polícia encontrou as digitais de Abdeslam.
O grupo autodenominado “Estado Islâmico” assumiu a autoria dos ataques em comunicado oficial. Nele, os extremistas ameaçam a realização de novos ataques em “países que estão aliados contra o Estado Islâmico”.
Em entrevista a jornalistas, o promotor Frederic van Leeuw disse que diversas explosões controladas foram realizadas ao longo do dia pelas forças de segurança, em pacotes considerados suspeitos pelas autoridades.
Leeuw disse que as buscas feitas no bairro de Schaerbeek, na capital belga, levaram à descoberta de dispositivos explosivos contendo pregos, produtos químicos e uma bandeira “Estado Islâmico”.
O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, classificou os atentados como “uma ação violenta e covarde” e disse que foi um “momento trágico na história do país”.
As duas primeiras explosões aconteceram por volta das 8h (4h de Brasília) no aeroporto de Zaventem.
A terceira ocorreu cerca de uma hora depois na estação de metrô de Maelbeek, perto da área onde se concentram os prédios das instituições da União Europeia.
Jef Versele/PA: Imagem mostra interior do aeroporto após explosão BBC: Sistema de metrô de Bruxelas foi fechado após explosões Imagem mostra pessoas do lado de fora de aeroporto após explosões
O aeroporto, o metrô e todo o sistema de transportes da cidade (incluindo ônibus e VLTs) permaneceram suspensos durante grande parte da terça-feira. Os trens da Eurostar de Bruxelas para Londres também foram interrompidos.
O estado de alerta foi elevado ao máximo na Bélgica, e tropas nacionais foram enviadas a Bruxelas.
A emissora estatal RTBF disse que o palácio real teve de ser evacuado ─ a família real belga disse em comunicado que estava “abalada com o odioso ataque”.
De Cuba, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou uma mensagem de apoio ao governo belga.
“Nós podemos e vamos derrotar os que ameaçam a segurança das pessoas ao redor do mundo”, afirmou.
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