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Saída britânica da União Europeia prejudicaria segurança do Reino Unido, diz Europol

Para Rob Wainwright, o Reino Unido perderia recursos de combater crimes e terrorismo caso saísse da UE
(EU2016 NL/Flickr)
O diretor da Europol (polícia europeia), Rob Wainwright, afirmou nesta quinta-feira (24/03) que o Reino Unido poderia perder acesso a documentos sobre crimes e terrorismo em caso de saída da União Europeia, o que, segundo ele, comprometeria a segurança do país.
A um programa de rádio da BBC, Wainwright, que é britânico, disse que a polícia do país “vê todos os dias os benefícios” de trabalhar em conjunto com a Europol e acessar dados sobre crimes e terrorismo que a polícia europeia detém. “Eu vi um grande progresso na UE em construir um capacidade mais sólida de combater o terrorismo e o crime”, disse. De acordo com ele, mandados de prisão emitidos pela Europol retiram “milhares de agressores das ruas do Reino Unido anualmente” e oficiais da fronteira têm acesso a um banco de dados que lista 300 mil suspeitos procurados pela Justiça.
A declaração de Wainwright foi feita um dia após o ex-chefe do serviço britânico de inteligência (MI5) Richard Dearlove afirmar que o país estaria mais seguro se saísse do bloco. Segundo o diretor da Europol, a análise de Dearlove não corresponde a um “exame minucioso” da situação.
“A ‘Brexit’ [‘British exit’, saída britânica] traria dois ganhos potencialmente importantes para a segurança: a habilidade de dispensar as convenções europeias sobre direitos humanos e, mais importante, um maior controle sobre a imigração da União Europeia”, disse Dearlove por meio de um artigo publicado na revista britânica Prospect.
“Seja um entusiasta da UE ou não, a verdade sobre a Brexit por uma perspectiva de segurança nacional é que o custo para o Reino Unido seria baixo”, acrescenta o ex-chefe do serviço de inteligência, dizendo ainda que “o Reino Unido é o líder da Europa em assuntos de inteligência e segurança e dá muito mais do que recebe em retorno”.
O Reino Unido realizará um referendo popular em 23 de junho para decidir se o país sai ou permanece na UE. O governo do primeiro-ministro britânico, David Cameron, apoia oficialmente a permanência. Na semana passada, Cameron fez um apelo para que os eleitores anti-Brexit compareçam às urnas em junho e afirmou que é necessária “uma dose de emoção e patriotismo” para vencer o referendo.
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