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Ajustes macroeconômicos não podem ter “caráter paralisante”, diz ministro

Segundo Armando Monteiro, o momento é difícil para a indústria, e tem sido difícil criar iniciativas
de políticas para o setor
(Arquivo/Agência Brasil)
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse hoje (6) que a agenda de ajustes macroeconômicos atualmente sendo implementada no Brasil “não pode ter caráter paralisante” para a economia.
Segundo o ministro, o momento é difícil para a indústria. “Tivemos que assistir ao desmonte de um amplo repertório de incentivos [para o setor privado], inclusive de caráter financeiro.” Neste cenário, tem sido um desafio criar iniciativas de política industrial, afirmou o ministro.
Monteiro deu as declarações no lançamento do programa Brasil Mais Produtivo, que investirá R$ 50 milhões em capacitação para aumentar a produtividade de indústrias de pequeno e médio portes. Desse aporte, R$ 25 milhões virão do governo.
O ministro reconheceu que a ação é “limitada”, mas ressaltou que aponta para uma visão correta. “Diferente daqueles programas mais amplos, que têm macrometas, este é um programa modesto, mas no qual você mede o resultado”, comentou.
O programa prevê que as empresas recebam consultoria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que entrará com os R$ 25 milhões restantes e adotem técnicas para redução do desperdício no processo de produção. O objetivo é que, até o final de 2017, 3 mil empresas sejam atendidas, com gasto de R$ 18 mil para cada uma. Desse valor, R$ 15 mil serão subsidiados pelo Brasil Mais Produtivo e R$ 3 mil serão contrapartida das empresas. A contrapartida poderá ser financiada pelo Cartão BNDES.
O ministro afirmou também que, apesar de relacionado à crise econômica, o realinhamento do câmbio foi importante para a indústria brasileira. “Mesmo com os desequilíbrios que persistem, com o ambiente de negócios longe de ser o que desejamos, o realinhamento do câmbio foi muito importante para o país.”
Para Armando Monteiro, o “longo período” anterior, em que o real esteve valorizado em relação ao dólar, “erodiu a competitividade da indústria”. “Felizmente agora, a partir do realinhamento, temos esperança”, disse o ministro, que comparou o impacto do dólar valorizado, atualmente, ao das políticas governamentais de incentivo ao setor.
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