Política
Dilma propõe pacto para barrar o impeachment e diz que Temer e Cunha são “sócios no golpe”

Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista a jornalistas em Brasília. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR/Fotos Públicas))
Um grupo de dez jornalistas foi recebido hoje (13) pela manhã pela presidenta Dilma Rousseff para entrevista no Palácio do Planalto. A conversa durou mais de duas horas e Dilma disse que existe uma possibilidade de uma derrota na votação a favor do impeachment no domingo (17). Ela também falou sobre seu futuro político e diz que é carta fora do baralho se o impeachment for aprovado.
— Se eu perder, sou carta fora do baralho.
Embora tenha ressaltado que não faria “uma entrevista bem comportada”, Dilma queria basicamente passar alguns recados:
*Associar Michel Temer e Eduardo Cunha, a quem chamou de sócios.
*Dizer que o impeachment é golpe (“impeachment sem fundamentação é um salto no escuro que marcará profundamente a história política do Brasil”).
* E propor um pacto, se conseguir barrar o impeachment no domingo.
Na entrevista, dada no Palácio do Planalto, tendo ao seu lado o ministro Edinho Silva, Dilma atacou com violência a dupla Cunha e Temer (“Só não sei quem é o chefe e o vice-chefe. Mas eles são sócios. Um não age sem o outro.”). Em relaçao ao pacto, ficou uma interrogação no ar. Dilma não conseguiu detalhar uma agenda para a ideia. Se disse aberta ao diálogo com a oposição a quem convidaria para conversar.
Em nenhum momento, Dilma conseguiu se dizer otimista em relação à votação de domingo. Mas garantiu que lutará “até o último minuto contra esta tentativa de golpe”. A presidente criticou também o relatório aprovado na Comissão do Impeachment, na segunda-feira. Qualificou-o de “uma fraude”.
Os alvos preferidos foram mesmo Temer e Cunha. No caso de Cunha faz parte da estratégia do Planalto usar a merecidamente péssima (e bota péssima nisso) imagem pública do peemedebista para tirar a legitimidade do impeachment. De olhos um pouco vermelhos e demonstrando irritação apenas ao falar do impeachment, Dilma negou-se também a fazer qualquer autocrítica sobre sua relação com o Congresso. Garantiu que não passa pela sua cabeça a possibilidade de enviar ao Congresso um projeto propondo eleições gerais.
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