Política

Para compensar atrasos, lideranças estudam diminuir tempo de fala na Câmara

16/04/2016
Para compensar atrasos, lideranças estudam diminuir tempo de fala na Câmara
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e algumas lideranças de partido negociam a aprovação de uma resolução que diminua o tempo dedicado às falas de parlamentares, lideranças e partidos Foto: Lucio Bernardo Júnior/ Câmara dos Deputados

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e algumas lideranças de partido negociam a aprovação de uma resolução que diminua o tempo dedicado às falas de parlamentares, lideranças e partidos
Foto: Lucio Bernardo Júnior/ Câmara dos Deputados

A fim de compensar o atraso nas sessões, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e algumas lideranças de partido negociam a aprovação de uma resolução que diminua o tempo dedicado às falas de parlamentares, lideranças e partidos. O objetivo é compensar o tempo a mais gasto nas falas das bancadas em plenário. Isso poderá ser definido pelas lideranças partidárias ou, em última hipótese, pelo próprio plenário.

“As reuniões entre lideranças têm buscado reduzir ao máximo a duração das sessões, inclusive sugerindo que deputados abram mão das inscrições de fala. Quase todos os líderes concordaram. Os que não concordaram é por que precisam consultar as bancadas”, disse o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). Segundo o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator da comissão especial do impeachment, a reunião de líderes definirá qual será a estratégia para o requerimento que encurtará as falas individuais no plenário. Entre as possibilidades estudadas, há a de que a decisão seja tomada por líderes. “Caso contrário, pretendemos levar a plenário”, disse ele.

De acordo com o deputado governista Henrique Fontana (PT-RS), o melhor era que a votação já tivesse ocorrido. Ele defende que a votação ocorra pontualmente conforme planejada, às 14h de amanhã (17). “Nossa preocupação é que haja equilíbrio entre o tempo para manifestação do relator, que é acusador, e a defesa a ser feita pela Advocacia-Geral da União (AGU)”, disse. Caso isso não seja respeitado, os deputados aliados de Dilma Rousseff cogitam levar a questão ao Judiciário. “Tem de haver paridade de lados entre a acusação e a defesa”, disse Fontana.