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“Se um reajuste de 172% fosse concedido aos Civis, demais servidores do Estado não receberiam seus salários”
O governo de Alagoas já destacou, por meio de nota, que não é possível aprovar o aumento pleiteado pelos policiais civis, com a equiparação do piso salarial a 60% da remuneração dos delegados, diante do cenário de crise nacional e estadual, que pede controle e responsabilidade do Estado.
A economista e professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Luciana Caetano, avalia o quadro econômico alagoano, e indica que o reajuste solicitado pelos Policiais Civis é irreal e não condiz com o atual panorama do Estado.
“Como se trata de uma categoria volumosa, é necessário ter cautela. Hoje, com o cenário financeiro enfrentado por Alagoas, qualquer reajuste fora do planejamento pode penalizar o Estado, não só no ponto de vista financeiro, como também no político. Afinal, caso o governo conceda o reajuste proposto pelos sindicalistas, outras categorias também serão inflamadas, causando, consequentemente, um agravamento entre as relações”, esclarece.
Quando questionada se Alagoas corre, de fato, o risco de atrasar os salários do funcionalismo com reajustes desse tipo, a economista afirma que a possibilidade pode existir. “Imagine dar um aumento desse tipo quando, cada vez mais, está sendo complicado fechar a folha de pagamento do funcionalismo estadual. Alagoas ainda possui dívidas com a União, além de gastos e da perda de receita. É algo difícil de pensar. Por isso, ao considerar toda a questão, é necessário entender que o governo, nesse momento, pode não ter condição de fazer esse reajuste”, finaliza a economista.
O secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Christian Teixeira, também considera inviável o aumento. Segundo ele, o impacto de 172% causado pelo aumento dos salários dos civis prejudicaria a aplicação de recursos em outras áreas, depreciando, inclusive, todas as outras categorias de servidores do Estado.
“Se o Estado concedesse um reajuste nesse percentual aos policiais civis, o risco de que todos os outros servidores do Estado não recebessem seus salários em dia seria iminente. Não iremos colocar em risco o pagamento de todos os servidores alagoanos”, frisou o titular da pasta.
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