Política
Temer fala em “governo de salvação nacional” no discurso de posse
O atual presidente do Brasil, Michel Temer (PMDB), discursou no início da noite desta quinta-feira, 12, após o afastamento de Dilma Rousseff do cargo. Ele iniciou a fala após ser recebido com uma série de fogos de artifício, cumprimentando os novos ministros empossados. “Queria uma cerimônia sóbria e discreta, como convém o momento que vivemos.”
Em sua primeira fala como presidente interino, ele disse que será necessário fazer “um governo de salvação nacional”. “Reitero que é urgente pacificar a nação e unificar o Brasil”, afirmou, após uma cerimônia entusiasmada, com gritos dos nomes dos ministros que tomavam posse.
O peemedebista também falou em “estancar o processo de queda livre na atividade econômica” e no “equilíbrio das contas públicas”. “A primeira medida já está aqui representada, eliminando vários ministérios da máquina pública”, disse.
Durante o pronunciamento, Temer se engasgou, ficou rouco por alguns segundos e pediu uma pastilha para se recuperar. Ele citou reformas na Previdência e reforçou que manterá programas sociais dos governos anteriores, como o Bolsa Família, principal programa social do governo petista. “O Bolsa Família, o Pronatec, o Fies e o ProUni são programas que deram certo e precisam ser aprimorados”, assegurou.
Diante da acusação de apoiadores de Dilma Rousseff de que Temer iria barrar as investigações da Lava-Jato quando assumisse o governo, o peemedebista respondeu: “A Lava-Jato tornou-se referência, e daremos proteção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la”. Sete ministros nomeados por Temer hoje são alvos de investigações.
Do lado de fora do Palácio do Planalto, cerca de 200 pessoas se dividiram entre protestos e festa diante da chegada de Michel Temer no poder. Algumas mulheres se acorrentaram na grade que cerca o Palácio, em ato contra o afastamento de Dilma. No entanto, outros grupos comemoraram e queimaram fogos de artifício saudando o novo governo do País.
Ainda na cerimônia, Temer deu posse aos novos ministros. Confira os nomes:
Gilberto Kassab (PSD) – Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Raul Jungmann (PP) – Defesa
Romero Jucá (PMDB) – Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
Geddel Vieira Lima (PMDB) – Secretaria de Governo
Sérgio Etchegoyen – Segurança Institucional
Bruno Araújo (PSDB) – Cidades
Blario Maggi (PP) – Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Henrique Meirelles (PSD) – Fazenda
Mendonça Filho (DEM) – Educação e Cultura
Eliseu Padilha (PMDB) – Casa Civil
Osmar Terra (PMDB) – Desenvolvimento Social e Agrário
Leonardo Picciani (PMDB) – Esporte
Ricardo Barros (PP) – Saúde
José Sarney Filho (PV) – Meio Ambiente
Henrique Eduardo Alves (PMDB) – Turismo
José Serra (PSDB) – Relações Exteriores
Ronaldo Nogueira de Oliveira (PTB) – Trabalho
Alexandre de Moraes (PSDB) – Justiça e Cidadania
Mauricio Quintella (PR) – Transportes, Portos e Aviação Civil
Marcos Pereira (PRB) – Indústria e Comércio
Fabiano Augusto Martins Silveira – Fiscalização, Transparência e Controle
Fernando Coelho Filho (PSB) – Minas e Energia
Helder Barbalho (PMDB) – Integração Nacional
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