Política
Leonardo Picciani assume o Ministério do Esporte
Em pleno ano olímpico, a pasta do Ministério do Esporte não tem passado ilesa pelo conturbado cenário político do Brasil. Nesta quinta-feira, 12, foi nomeado o terceiro responsável pela pasta em 2016. O deputado federal Leonardo Picciani, do PMDB-RJ, tomou posse juntamente com a nova equipe de ministros do presidente em exercício Michel Temer, que assumiu após o afastamento de Dilma Rousseff por conta do processo de impeachment em tramitação no Congresso Nacional. O jovem político de 36 anos ocupará o cargo no lugar de Ricardo Leyser, que tinha assumido há 42 dias, substituindo George Hilton. Logo após assinar o termo, o novo ministro ressaltou a confiança no sucesso do Rio 2016.
“Estamos a menos de três meses do início dos Jogos Olímpicos. Umas Olimpíadas que terão um contorno histórico extraordinário, pela primeira vez realizada na América do Sul e sediada no Brasil. Acho que o povo brasileiro terá a oportunidade de mostrar ao mundo o seu valor. A oportunidade de mostrar ao mundo o país que todos nós brasileiros acreditamos. É um momento de união do país. Todos devem se unir nesse projeto, que vai muito bem. Com as obras cumprindo o cronograma. Com os atletas se preparando da melhor forma. E é importante que a gente deseje aos atletas brasileiros sucesso nos Jogos”, disse o novo ministro.
Filho de Jorge Picciani, atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Leonardo entrou na política cedo. Bacharel em Direito, foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2002, com apenas 22 anos. Em 2014, foi reconduzido pela quarta vez consecutiva à Câmara dos Deputados, em Brasília.
O cargo de ministro será o primeiro ligado ao esporte na carreira política de Picciani. O político, no entanto, costuma divulgar em suas redes sociais fotos em que aparece praticando ciclismo de estrada. Tem como referência na vida pública o trabalho como secretário de Estado de Habitação do Rio de Janeiro entre 2009 e 2011, além do período que passou na presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a atuação como relator da CPI da Pirataria na Câmara dos Deputados.
A escolha de Leonardo Picciani para compor o quadro de ministros por Michel Temer surpreendeu pelo fato de o deputado ter votado contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Líder do PMDB na Câmara desde 2015, o político tinha postura crítica ao governo petista quando assumiu o posto. Porém, se aproximou do Planalto durante as negociações da reforma ministerial do ano passado. Responsável por indicar os representantes do partido para a comissão do impeachment, irritou a ala mais rebelde do PMDB ao escolher parlamentares menos críticos ao governo. Em dezembro, chegou a ser destituído do posto de líder por oito dias em uma articulação patrocinada por Michel Temer e o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mas conseguiu retornar com o apoio da maioria.
Picciani é o terceiro ministro do Esporte apenas no ano de 2016. O quinto desde que o Rio de Janeiro foi escolhido para sediar os Jogos Olímpicos em 2009. À época, estava no comando Orlando Silva, que saiu em 2011 após acusações de corrupção envolvendo programas da pasta.
Aldo Rebelo foi o ministro na sequência e ficou até o fim de 2014, quando Dilma Rousseff, em busca de sustentação política, tirou o comando das mãos do PC do B e passou ao PRB, que indiciou George Hilton. Em março deste ano, o PRB rompeu com o governo e houve mais uma troca no Ministério, que voltou às mãos do PC do B com Ricardo Leyser, antigo secretário de alto rendimento da pasta, que atuou por apenas 42 dias até dar lugar a Picciani.
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