Política
Renan Filho pede serenidade aos agentes penitenciários em greve
Após ser deflagrada a greve dos agentes penitenciários de Alagoas, o governador Renan Filho afirmou que tem pedido serenidade aos servidores que paralisaram serviços de visita aos presos e administrativos, a partir desta sexta-feira (13), por tempo indeterminado. O governador do Estado garante que a greve está relacionada com uma decisão do judiciário e não com o posicionamento do Executivo.
Renan Filho esclarece que a paralisação dos agentes está associada a uma decisão do judiciário que autoriza que alguns agentes contratados, servidores que fazem a função de agentes penitenciários, possam ter mais atribuições.
O chefe do Executivo estadual garante diálogo com o setor para articular uma solução econômica viável para o tesouro do Estado. Além disso, tem conversado com o secretário de Estado de Ressocialização, tenente-coronel PM Marcos Sérgio de Freitas, para tentar encontrar um caminho para solucionar esta greve sem maiores problemas para a sociedade. “É isso que temos buscado em todo o âmbito da Segurança Pública”, frisa o governador do Estado.
Aumento de efetivos e concursos públicos
Concursos públicos e aumento de efetivo na Segurança Pública são demandas que o governador Renan Filho pretende consolidar durante sua gestão. Ele explicou que o Governo de Alagoas está esperando como vai soprar os ventos do novo Governo Federal, pois é importante que o Estado saiba qual o caminho que vai tomar a economia e como será a arrecadação dos próximos meses.
“Nós não podemos garantir esse tipo de coisa sem saber qual o rumo que o país vai tomar, nós estamos vivendo um momento único na nossa história, também estamos vivendo a maior crise da história republicana, onde o PIB [Produto Interno Bruto], nos últimos três anos caiu, ou deve cair, até o final deste ano, próximo de 10% de forma acumulada, e isso significa dizer que todos os governantes têm que ter muita prudência e serenidade para pagar o salário em dia e, só depois disso, pensar em aumento de salário e novas contratações”, esclareceu.
Ele destaca que a crise econômica maltrata o país. No Brasil, 11 estados estão com a folha de salário atrasada, no entanto Alagoas está com folha em dia, ou seja, é preciso dar passos seguros para que o Estado possa honrar com o compromisso de não prejudicar os servidores, afinal, o pior momento seria o não pagamento dos salários, porque, em um estado pobre, servidores ajudam a girar a roda da economia.
“Se o estado não paga, toda a economia trava. Perde-se emprego no comércio e nos serviços, se o estado não cumprir o seu compromisso. Por isso, eu tenho tido uma conduta muito responsável no sentido de garantir os direitos dos servidores, mesmo que eu não possa atender todas as reivindicações das categorias, porque se eu fizer, nós teremos dúvidas do cumprimento das obrigações do estado, de maneira que a prudência é o caminho mais razoável deste momento”, disse Renan Filho.
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