Projeto visa melhoria dos serviços do Samu uma vez que o software permite avaliar melhor todo o atendimento
(Arnaldo Santtos)

Desenvolver um sistema de informações a partir da localização das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Maceió, permitindo a visualização dos dados online para auxiliar na tomada de decisão na regulação dos atendimentos móveis de emergência.

Este foi o propósito do projeto de pesquisa “Mapeamento dos Atendimentos Móveis de Urgência do Samu-AL a partir de um Sistema de Informações Georreferenciadas” do professor do instituto Federal de Alagoas (Ifal), Marcílio Ferreira e uma equipe de alunos, que foi apresentado no Maceió Mar Hotel, para uma banca examinadora, que avaliou e aprovou os resultados da pesquisa.

O projeto de pesquisa faz parte do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS) e é coordenado, por meio de gestão compartilhada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto foi iniciado em agosto de 2013 e concluído em março deste ano.

“Com a efetivação do projeto, com certeza irá melhoria dos serviços do Samu uma vez que o software permite avaliar melhor todo o atendimento, desde a saída da ambulância até a conclusão do atendimento”, salientou o supervisor do Samu, Lucas Casado.

De acordo com o professor Marcilio Ferreira, a pesquisa detectou que é possível consolidar informações precisas sobre os atendimentos de urgência e emergência (ambulâncias), com o software elaborado (ainda em fase inicial) e, com isso, planejar melhor as ações e agilizar o atendimento à população. A pesquisa utilizou, como referência, duas Unidades de Suporte Avançado (USA) e duas Unidades e Suporte Básico (USB) durante todo o período da pesquisa.

Dentre os principais itens que o software pôde detectar estão a rota das ambulâncias, tipo de atendimento, tempo resposta (tempo decorrente do acionamento até a chegada da equipe no local da ocorrência). Todas essas informações serão disponibilizadas num painel em que o gestor pode monitorar os detalhes de cada atendimento.

De acordo com o projeto, as perspectivas propostas futuras são auxiliar no redimensionamento do serviço após identificação de regiões críticas para receber base descentralizada, análise das rotas para otimizar a logística, baseando-se em informações sobre o trânsito e menor caminho, além do cruzamento das ocorrências com os dados do Autorização de Internação Hospitalar (AIH), Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).