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Na guerra interna por audiência, as duas rainhas das manhãs da Globo têm exatamente a mesma média de janeiro a junho: 7.8 pontos no Ibope. Cada ponto representa 69 mil domicílios e 200 mil telespectadores na região metropolitana de São Paulo.

Fátima Bernardes e Ana Maria Braga se mantêm na liderança do ranking. Eventuais derrotas no Ibope para a Record e o SBT – acontecimento cada vez mais raro –, não representam uma ameaça ao Encontro e ao Mais Você.

Principal concorrente de Ana, o telejornal Fala Brasil, da Record, teve média de 6 pontos nos primeiros seis meses do ano. Exibido em seguida, o Hoje em Dia, que disputa audiência com Fátima, registrou 5.5 pontos de média no mesmo período.

Na Globo desde 1999, Ana Maria consegue a proeza de reinventar sua atração de tempos em tempos. Não há sinal de cansaço.

A apresentadora diverte e informa, seja nos cafés da manhã com artistas, com espaço privilegiado para a prosa, ou nas competições gastronômicas com anônimos (Jogo de Panelas) e famosos (Super Chef Celebridades).

Com quatro anos completados em junho, o Encontro atingiu o auge da afinação. Fátima Bernardes está em casa: gargalha, ironiza, dança, se expõe com leveza. Demorou, mas a ex-âncora do Jornal Nacional desfez-se da armadura emocional para se entreter sem hesitação junto com o telespectador.

O programa está bastante conectado com a internet. Personagens que ‘viralizam’ na web costumam surgir no sofá de Fátima dias depois. Outro ponto alto é o espaço para musicais – desde ídolos populares até cantores considerados alternativos.

Convidar o telespectador a parar diante da TV por 3 ou 4 minutos para acompanhar uma música virou ousadia em tempos de imediatismo e impaciência coletiva.

Além da audiência satisfatória, Fátima e Ana Maria proporcionam à Globo excelente faturamento com ações de merchandising. Não faltam clientes com verbas milionárias querendo promover seus produtos em ambos os programas.