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Maduro nomeia para ministro general acusado de narcotráfico pelos EUA
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, designou para ministro do Interior o general Néstor Reverol Torres, um dia depois de ele ser formalmente acusado pela justiça federal dos Estados Unidos por tráfico de drogas.
“Designei o general Néstor Reverol Torres como novo ministro do Interior, Justiça e Paz”, disse Maduro em um ato público na terça-feira (2), no qual o militar estava presente. Maduro afirmou que ao ocupar cargo semelhante há alguns anos o general Reverol “quebrou o recorde de captura de narcotraficantes”.
Na segunda-feira (1), Reverol e outro militar encarregado no passado do combate às drogas na Venezuela foram acusados, à revelia, de participar de uma rede de tráfico de drogas que introduziu cocaína no território americano.
Madurou afirmou nesta terça que Reverol é acusado pelos EUA por vingança da DEA (agência antidrogas americana) e das máfias do narcotráfico.
Segundo a Promotoria Federal de Nova York, Reverol, 51, e Edylberto José Molina Molina, 53, “utilizaram suas posições de poder para facilitar a operação de organizações do narcotráfico”.
Reverol foi diretor do Escritório Nacional Antidrogas (ONA) e comandante da Guarda Nacional da Venezuela, e Edylberto José Molina Molina, ex-subdiretor da ONA.
As acusações
A acusação, decretada por um juri popular do Brooklyn, envolve crimes cometidos entre 2008 e 2010, quando os dois trabalhavam na ONA.
A Promotoria afirma que Reverol e Molina receberam dinheiro de narcotraficantes em troca de informações sobre operações policiais que permitiram a saída de carregamentos de drogas do país.
A dupla também teria agido para liberar drogas apreendidas e libertar suspeitos, impedir prisões de narcotraficantes e bloquear a deportação de condenados por tráfico de drogas.
De acordo com os promotores, Reverol e Molina ajudaram grupos de narcotraficantes a “introduzir cocaína para sua distribuição nos Estados Unidos”.
O promotor federal do distrito leste de Nova York, Robert Capers, denunciou o que chamou de “o mais insidioso e perigoso aspecto do narcotráfico internacional – a habilidade dos cartéis de infiltrar e corromper os mais altos escalões do governo”.
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