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Futebol e Olimpíadas
Não faz tanto tempo, pois foi em 2014, que houve no Brasil a chamada Copa do Mundo, quando o Brasil era esperado pelos brasileiros para levantar a taça. O Brasil derrota a Croácia por 3×1. Muita euforia entre os brasileiros. Em seguida, o Brasil enfrenta a República dos Camarões. E a Seleção do Brasil vence por 4×1.
Vem agora o Chile. Há o empate de 1×1. Os torcedores brasileiros ficam apreensivos, pois a disputa vai ser decidida por pênaltis. O Brasil sai vitorioso. Mas, como disse Drummond, “no meio do caminho tinha uma pedra”.
Eis que, no Mineirão (Belo Horizonte) a seleção canarinho encontrou-se com “Die Nationalef” (Os onze da nação), ou seja, os alemães. A verdade é que o Brasil foi derrotado pelo elástico placar de 7×1.
Eis que, Schweinsteiger, jogador alemão, chegou até a pedir desculpas. Assim ele se expressou: “Eu gostaria de me desculpar com o Brasil. Não esperávamos um placar desses. Tentamos ser respeitosos, jogando futebol. Para nós, essa copa é um sonho. Estamos gostando muito do povo brasileiro e queria dizer que a Seleção Brasileira fez grande papel no torneio”.
Por sua vez, o técnico Felipão fez esta declaração: “Quem é responsável quando a equipe se apresenta? Quem é responsável pela escolha? Sou eu. Vou ser lembrado pela pior derrota”.
Muitos jovens e adultos brasileiros chegaram a chorar com a inesperada derrota. E pelo contágio emocional, muitas crianças também o fizeram. Cheguei a dizer à época: “Os adultos devem incentivar esses seres em formação ao estudo, à honradez e dar-lhes muito amor e tudo passará sem deixar sequelas”.
Ocorre que, dois anos após a fragorosa derrota do Brasil, no Campeonato Mundial de Futebol, o solo brasileiro torna-se sede dos Jogos Olímpicos. É certo que os latinos diziam: “Mens sana in corpore sano” (Mente sadia em corpo sadio). Ainda que haja também excessos nesses encontros.
Deixemos de lado os exageros. Como é público e notório, os Jogos Olímpicos modernos são realizados de quatro em quatro anos a partir de 1896.
Acontece que há sérios problemas que pedem urgentes socorros na Terra de Santa Cruz. Por exemplo: a questão dos mosquitos. Em um programa americano, houve verdadeiras sátiras sobre a abertura dos jogos no Rio – 2016.
Diz o programa que o ponto principal da abertura será uma gigantesca tela cobrindo o Maracanã contra o “aedes aegypti”. Na verdade estarão no Brasil cerca de 10.500, jovens atletas, oriundos de duzentos países. Claro que muitos bilhões de reais serão gastos pelo Brasil no megaespetáculo.
Enquanto isso, o “famoso” mosquito continua atacando suas vítimas e provocando até mortes; mais de onze milhões de brasileiros na fila dos desempregados; casas comerciais cerrando suas portas; fábricas paralisando suas máquinas “et reliqua”.
Passado o grandioso espetáculo, pode-se avaliar se as Olimpíadas foram ou não favoráveis à situação por que passa o Brasil.
José Araújo
Filósofo pela Universidade Católica de Pernambuco.
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