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Chefe de direitos humanos da ONU critica político que nutre preconceito
O mais alto representante de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) acusou o candidato presidencial republicano dos Estados Unidos, Donald Trump, de disseminar “preconceitos raciais e religiosos humilhantes” e alertou para o crescimento de políticas populistas que podem se tornar violentas.
Nos comentários feitos durante uma conferência de segurança e justiça, na segunda-feira (5), o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, disse estar se dirigindo ao líder holandês de extrema direita Geert Wilders e a outros “populistas, demagogos e fantasistas políticos”.
Mencionando Trump, o britânico Nigel Farage e a francesa Marine Le Pen, Al Hussein os acusou de usar táticas de “medo” parecidas com as do Estado Islâmico, também conhecido como Daesh.

Marine Le Pen fala em comício neste sábado (3) em Brachay, na França (Foto: FRANCOIS NASCIMBENI / AFP)
“Não se iludam, eu certamente não igualo as ações de demagogos nacionalistas àquelas do Daesh”, disse. “Mas em sua forma de comunicação, seu uso de meias verdades e de simplificações grosseiras, a propaganda do Daesh usa táticas semelhantes àquelas dos populistas”.
Em um tuíte, Wilders chamou Zeid de “idiota”. Em outra ocasião, ele classificou a ONU de “grotesca” em sua plataforma eleitoral para uma eleição de março de 2017, na qual ele pede um veto a imigrantes muçulmanos, o fechamento das mesquitas e a proibição do Alcorão. “A ONU é grotesca. Vamos nos livrar destes burocratas”, afirmou Wilders.
Mas Zeid afirmou que a retórica de Wilders pode ter consequências terríveis. “A história talvez tenha ensinado ao senhor Wilders e a sua laia com que eficiência a xenofobia e a intolerância podem ser transformadas em armas”, disse. “A atmosfera ficará carregada de ódio; neste ponto pode desandar rapidamente para uma violência colossal”, alertou.

Geert Wilders, lider do anti-imigrante Partido Pela Liberdade (PVV), defende realização de referendo na Holanda (Foto: Laszlo Balogh/Reuters)
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