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Da esquerda à direita
Cessada a poeira das eleições municipais de 2 de outubro de 2016, observou-se que o PT – Partido dos Traidores – foi derrotado no Sul, Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e, na região Norte, apenas elegeu no Acre seu candidato. Diga-se, de passagem, não tem densidade eleitoral no contexto da federação brasileira. E, por isso, a liderança do famigerado Luís Inácio Lula da Silva desceu ladeira abaixo rumo a cachoeira da corrupção que vilipendiou o patrimônio da Petrobras.
Em outras palavras, a prisão do ex-ministro de Lula/Dilma, Antonio Palocci, consolidou as travessuras feitas durante treze anos de malversação do Erário. E, consequentemente, dar-se-á o desmanche de toda a gangue que assaltou os cofres públicos. Certamente, Palocci será condenado pela orquestração das falcatruas realizadas no Palácio do Planalto com aquiescência dos ex-mandatários do país.
Voltando às eleições do primeiro turno, ficou patenteado que o sonho da esquerda de voltar à Presidência da República em 2018 passou a ser um pesadelo. Isto é, perdeu a pujança de uma agremiação que nunca teve um plano de governo, e, sim, de quadrinha que se apropriou do Palácio do Planalto visando depauperar a Nação como um todo. A partir de 2023, Lula arquitetou com Zé Dirceu (preso) o mensalão que teve como fim profícuo cooptar forças junto ao Congresso Nacional.
Não satisfeito com as tramoias, indicou a “ companheira” Dilma Vana Rousseff a sucedê-lo a fim de continuar mandando e, por conseguinte, foi desativada do cargo em 31 de agosto de 2016.E, sendo assim, mais uma vez o partido começou a perder forças junto ao eleitorado petista. Restou-lhes, tão-somente, amargar fragorosa derrota nas urnas em todo o quadrante nacional.
Agora, João Dória eleito prefeito da maior capital brasileira, O PSDB pavimenta a estrada via Palácio do Planalto com grandes chances de vitória em 2018. Aliado do PMDB do presidente Michel Temer, São Paulo dará a grande largada ao maior cargo eletivo da história da democracia brasileira. Traduz, portanto, a direita voltando ao poder merecidamente. Aliás, a esquerda criticou o adversário político, esquecendo-se de fazer diferente para garantir o status conquistado à base de propinas roubo e das famosas pedaladas fiscais.
Fernando Henrique Cardoso, criador do Plano Real (1994), governou o Brasil durante oito anos. Debelou a inflação, promoveu o crescimento econômico, e, principalmente, projetou a nação na esfera internacional. E, sendo assim, honrou o cargo de presidente da República e, até o presente, nada desabona sua conduta física, política, moral, intelectual a serviço da Academia Brasileira de Letras. Muito pelo contrário, deslancha no meio político como “salvador da pátria” com relevantes serviços prestados à população como um todo.
Por essas razões, o PSDB dispõe no seu quadro partidário de figuras políticas da estirpe de Aécio Neves, presidente nacional da maior agremiação, o atual governador de São Paulo, José Serra, ministro das Relações Exteriores e outros caciques à disposição do eleitorado do Sudeste, Nordeste (sem o famigerado Bolsa Família/ Minha Casa Minha Vida), do Norte, com exceção do Acre, Centro-Oeste unidos pelo ideal de soerguer o Brasil dessa recessão econômica sem precedentes.
Em Alagoas, particularmente na segunda maior cidade (Arapiraca), aconteceu fato desfavorável envolvendo a candidatura de Ricardo Nezinho/ Yale Fernandes do PMDB que lutavam para manter a hegemonia política do grupo Célia Rocha/ Luciano Barbosa, vice-governador de José Renan Vasconcelos Calheiros Filho. Depois de dezesseis anos do poder, o eleitorado arapiraquense resolveu eleger o ex-deputado federal Rogério Teófilo futuro alcaide da Terra de Manoel André. Segundo ele, “ninguém é dono de Arapiraca”.
Conheço-o de perto no exercício na Câmara Alta do país. Inteligente, honesto (herdou essa característica do honrado genitor), desprovido de bens materiais e, sobretudo, educado no convívio coletivo. E, por isso, o resultado não poderia ter sido outro, chegou à prefeitura municipal de seu município com o apoio somente dos que fazem do PSDB em Alagoas.
Merece, pois, encômios pela sua grande vitória. Almejo-lhe sucesso na sua nova empreitada política. Arapiraca, cidade polo, tem suas deficiências estruturais, humanas e, principalmente, urge incrementar a unidade municipal com mais indústrias visando gerar emprego/renda para seus munícipes. Nesse sentido, o novel prefeito terá de escolher refinado secretariado aliado ao compromisso da equipe. Depois, empreender políticas públicas capazes de promover o desenvolvimento sonhado pelos habitantes que povoam a segunda maior cidade no hinterland alagoano.
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