Política
Marcelo Odebrecht e mais 50 fecham acordo de delação; Brasília treme

De acordo com um dos envolvidos na Operação, “as informações de Marcelo Odebrecht são suficientes para colocar o sistema político em xeque”. (Foto: EBC)
O acordo de delação premiada entre Marcelo Odebrecht e os procuradores da Operação Lava Jato está fechado, embora ainda haja alguns pendentes de acertos finais entre investigadores e investigados.
Segundo adianta a reportagem do jornal O Globo, também foram fechados os acordos de delação de mais de 50 executivos e funcionários da maior empreiteira do país.
A expectativa é essas sejam as maiores revelações já firmadas no país no âmbito da Operação Lava Jato.
As negociações duraram cerca de oito meses e, de acordo com as fontes ouvidas pela publicação, as acusações atingem “de forma democrática” líderes de todos os grandes partidos que estão no governo ou na oposição. “No caixa dois da Odebrecht não havia distinção partidária ou ideológica”, diz uma fonte.
Um dos envolvidos na Lava Jato considera que não será o fim do mundo, “mas são informações suficientes para colocar o sistema político em xeque”, cita o texto.
Dez investigadores do Ministério Público Federal devem interrogar mais de 50 delatores. Um número, ainda não confirmado, indica a existência de 68 delatores. Na Lava Jato, geralmente um delator presta cerca de dez longos depoimentos e alguns são chamados para prestar esclarecimentos mais de 50 vezes.
O jornalista Jailton de Carvalho refere que, uma das alternativas para ouvir tantos investigados será organizá-los conforme a relevância na hierarquia da propina, dessa forma, os ocupantes de cargos importantes deverão ser interrogados primeiro.
Marcelo Odebrecht e outros executivos citaram, durante a fase preliminar das negociações, pelo menos 130 deputados, senadores e ministros e 20 governadores e ex-governadores. Segundo O Globo, entre os nomes citados estão o do presidente Michel Temer, e dos ministros Eliseu Padilha, José Serra e Geddel Vieira Lima.
Além disso, há implicações sobre o ex-ministro Antonio Palocci, Guido Mantega e o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Os interrogatórios serão feitos em Curitiba, Brasília, São Paulo e Salvador.
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