Momento em que representante da comunidade quilombola Lagoa das Pedras recebe 54 carteiras de identidade solicitadas para o Dia D do Governo Presente e uniformes de futebol. Ailton Cruz

Sem palavras para descrever o sentimento de sua comunidade. Foi assim que o representante da comunidade quilombola de Lagoa das Pedras, Mareval Gomes, em Água Branca, voltará ao povoado com 54 carteiras de identidade. As carteiras foram solicitadas no Dia D Governo Presente, em Água Branca, uma ação do Gabinete Civil, pelo ‘Comitê Técnico de Políticas Interssetoriais para o desenvolvimento social dos povos tradicionais’.

Segundo Gomes, o posto mais próximo para solicitação de documentos fica em Delmiro Gouveia e poucas fichas são entregues. Ele explicou que os moradores saíam de madrugada e nem sempre conseguiam fichas.

Além da documentação, foi entregue também ao povo quilombola uniformes de futebol, uma ação da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (Selaj). Para o representante, o trabalho que está se iniciando de visibilidade para as comunidades quilombolas é de extrema importância para seu povo. Ele relembrou as ações de saúde e palestras que também aconteceram em Lagoa das Pedras.

“Eu não tenho palavras para descrever o sentimento que meu povo vai ter com essa entrega. Ver o empenho do Governo em nos ajudar, isso é muito importante”, relatou Gomes, também coordenador estadual das comunidades quilombolas.

Comitê

O Comitê Técnico de Políticas Interssetoriais para o Desenvolvimento Social dos Povos Tradicionais’ integra toda gestão de governo. O objetivo específico é de acompanhar as ações e as políticas públicas para o atendimento dos povos tradicionais. O comitê tem o acompanhamento do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir) e a Superintendência de Direitos Humanos. A presidente do Conepir destaca como essas pequenas ações têm mudado a autoestima da comunidade quilombola.

“O conselho tem acompanhado essas ações. É muito importante essa integração de órgãos do Governo que fazem políticas de atenção a essas comunidades extremamente pobres e excluídas. Até pequenas ações contribuem para o bem-estar quilombola”, explicou a presidente.