Curso objetiva capacitar os técnicos sobre o manejo de pastagem para aumentar a produtividade da pecuária leiteira(Foto: Ascom/Seagri)

Técnicos da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), Emater e Fazenda Eficiente participam, no auditório do Sebrae, em Arapiraca, das aulas teóricas e práticas do curso Uso Intensivo de Pastagem para Pecuária Leiteira. A iniciativa é do Governo de Alagoas, por meio da Seagri, e do Sebrae Alagoas.

O curso tem como objetivo dar aos técnicos os conhecimentos de manejo de pastagem que aumentam a produtividade da pecuária leiteira, planejar o ambiente do pasto de forma intensiva, solo, clima, correção de solo e de pastagens.

Para o secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Álvaro Vasconcelos, a parceria entre o Governo de Alagoas e o Sebrae é de fundamental importância, porque, além de contribuir para a mudança das pastagens degradadas, aumenta o rendimento da produção leiteira e capacita profissionais da área.

Como informa Hibernon Cavalcante, da Superintendência Agropecuária da Seagri, a capacitação faz parte da formação de técnicos, com aprimoramento principalmente na atividade leiteira.

“Pela qualidade do grupo das instituições parceiras envolvidas na capacitação, o curso é de grande importância para a formação técnica dos nossos extensionistas”, reconhece Hibernon.

A pastagem ainda é a base da produção de bovinos em todas as regiões do país e, particularmente, em Alagoas, além de ser um alimento de menor custo quando comparado às demais estratégias de suplementações.

As aulas práticas utilizadas pelos orientadores seguem a metodologia Balde Cheio, criada pela Embrapa de São Carlos (SP), de melhor resultado para pequena produção de leite:

– Identificar as espécies forrageiras mais utilizadas nos sistemas de pastagens brasileiros, bem como definir a forrageira mais adequada para cada sistema de produção;

– Diagnosticar pastagens em degradação e propor formas de recuperação da área;

– Tecnologias de manejo de pastagens, que aumentam a produtividade da pecuária bovina, como a divisão de áreas para sistema rotacionado, irrigação, correção e adubação de solos;

– Calcular a demanda forrageira do sistema de produção de bovinos, bem como alotação (cabeças por hectare) adequada do sistema de produção e como monitorá-la;

– Fazer a análise econômica da utilização intensiva de pastagens.

A capacidade de suporte das pastagens é bastante variável em função da população de plantas presente na área, solo, clima, estação do ano, espécie ou cultivar da forrageira e, principalmente, do manejo aplicado. O desempenho animal necessário ou desejado e o sistema de produção adotado têm também efeito marcante sobre a capacidade de suporte da pastagem.

Os principais problemas na produtividade das pastagens são a ausência e o uso inadequado de correção e adubação de manutenção, além do manejo inapropriado das espécies forrageiras, desrespeitando os períodos de pastejo e descanso corretos. O resultado é a queda acentuada da capacidade de suporte e do ganho de peso e da produção de leite e, consequentemente, baixo retorno econômico para o pecuarista.

Sendo assim, em um programa contínuo de carne e leite, torna-se essencial eliminar as causas de baixa produção. O manejo adequado das pastagens aliado à intensificação proporcionam aumento da produtividade do sistema de produção com aumento da rentabilidade da atividade.