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Renúncia de Geddel repercute na imprensa internacional
A renúncia do ministro Geddel Vieira Lima nesta sexta-feira repercute na imprensa internacional, que destaca que este é o sexto ministro do presidente Michel Temer a deixar o governo. Alguns veículos lembram da proximidade de Geddel com Temer e classificam o ocorrido como um agravamento da crise política no Brasil.
Acusado de tráfico de influência por pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para liberar uma obra em Salvador, Geddel Vieira Lima pediu demissão nesta sexta-feira (25). A turbulência política provocada pela denúncia de Calero chegou ao gabinete presidencial na quinta, quando veio à tona o teor de seu depoimento prestado à Polícia Federal (PF). Calero disse aos policiais que, durante uma audiência no Palácio do Planalto, Temer interveio em favor dos interesses do ministro da Secretaria de Governo.
O jornal americano “The Wall Street Journal” diz que um novo “escândalo” assola o Brasil nesta sexta-feira com a renúncia de Geddel e observa que os mercados e a moeda brasileiros caíram no início da negociação antes de se recuperar. O jornal ouviu o gerente de câmbio Reginaldo Galhardo da corretora Treviso, em São Paulo, que explicou que os mercados temiam que a turbulência pudesse desviar o impulso de Temer por medidas de austeridade.
“Agrava-se a crise no Brasil: caiu a mão direita do presidente Michel Temer”, é o título da reportagem do jornal argentino “El Clarín”, que afirma que a crise se agravou quando Calero disse à PF que Temer o teria pressionado para a construção do edifício em Salvador. O jornal também cita a intenção da oposição para abrir um processo de julgamento político contra Temer.
A rede britânica BBC noticiou que o ministro renunciou por um escândalo de corrupção, que também envolve o presidente Temer. E afirma que a crise “pode ser um golpe” para Temer, que prometeu combater a corrupção no Brasil.
O jornal francês “Le Monde” diz que a suposta corrupção “ameaça enfraquecer o governo Temer” e reporta o caso como uma “desestabilização do poder em Brasília”.
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