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Mensagens do Natal

No início da era cristã, o Império Romano passava por uma fase conturbada. Em vista disso, muitos acreditavam que o mundo caminhava para o fim. Não faltavam, porém, os que procuravam reerguer os ânimos. O poeta Virgílio chegou a dizer: Eis que desce do céu uma raça nova. Ao menino recém-nascido daí acolhida.
Na verdade, doenças, pobreza, injustiças… tiram o ânimo de muitos seres humanos. Mas para o cristão, isso não é a última palavra no chão dos homens.
Aliás, já o profeta Isaías havia dito: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho e por-lhe-á o nome de Emanuel, que quer dizer Deus conosco”. A verdade é que em Belém nasceu o Menino Jesus. Foi posto numa manjedoura, porque não havia outro lugar para ele nascer e ser colocado.
Os primeiros visitantes foram os pastores. Eles eram desconsiderados dos grandes e poderosos. Jesus acredita no ser humano. Acredita na mulher por isso nasceu de uma mulher. Acredita na criança e, portanto, tornou-se criança. Acredita no homem e por esse motivo se fez homem e habitou entre nós.
Lembrando o poeta já citado, aceitemos o convite que nos foi feito: “Ao menino recém-nascido, daí acolhida.” Destarte, como disse o Padre Virgílio: “Teremos a esperança de que brotarão lírios sobre os escombros de tanta corrupção; nascerão margaridas sobre muralhas de tanto egoísmo, surgirão girassóis sobre as trincheiras de tanta violência e florirão rosas lá onde vicejam os espinheiros do ódio”.
Aquela criança, nascida em Belém, trouxe para a humanidade uma mensagem de fé. O Natal encerra um grande mistério. Deus se fez homem. O Natal traz uma mensagem de Esperança. Na verdade trata-se de uma esperança para toda a humanidade. Sim, Cristo veio para nos ensinar a nunca se perder a esperança. O Natal apresenta-nos uma mensagem de Amor. Para quem tem fé, no Natal Cristo veio aquecer a noite fria da humanidade com a chama ardente do amor.
O menino de Belém, ao crescer, mostrou-se amigo de todos e pediu que devíamos amar um aos outros, assim como ele nos amou. Ainda mais: Afirmou que a maior prova de amor é morrer por quem se ama. Contudo, não ficou apenas nas palavras. Ele morreu no tosco madeiro da Cruz, por amor a todas nós, pobres pecadores.
É importante observar a passagem do Evangelho, quando Judas levou os soldados romanos para o Monte das Oliveiras e osculou Jesus para indicar a quem os soldados deviam prender.
Jesus amava a todos. Amava a Judas.
Na hora da prisão, Jesus disse a Judas: “Amigo, faça logo o que tem a fazer” (Cf. Mateus). Não vamos exigir que os amigos sejam de acordo com o nosso modo de pensar. Mas é como disse Cícero: “Amicus certus in re incerta cernitur.” O amigo certo se reconhece numa situação incerta.
Conheci um jovem sobre o qual lançavam certas acusações. O pai do acusado fez a seguinte observação: “Meu filho pode estar certo ou errado. Ainda que esteja errado só posso dizer uma coisa: meu filho, conte comigo, seja qual for sua situação”.
Como criou ânimo novo aquele que injustamente fora acusado! O pai era verdadeiramente amigo do filho.
Mais uma vez é Natal. Cristo teve como berço as palhas de um curral. Mas aquela criança ainda hoje é lembrada, porque ela veio viver e conviver com os seres humanos e apontar-lhes o caminho da salvação.
Feliz Natal para todos!
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