Política
Ex-governador Sérgio Cabral é denunciado pela sexta vez
O ex-governador Sérgio Cabral foi denunciado mais uma vez – a sexta – pelo Ministério Público Federal (MPF). Nesta ação, o MPF denuncia também o doleiro brasileiro preso no Uruguai Vinícius Claré, conhecido como Juca Bala, e mais oito pessoas do grupo do ex-governador do Rio. A denúncia do MPF vai ser analisada pelo juiz da 7ª Vara Federal criminal, Marcelo Bretas.
A denúncia é um desdobramento da Operação Eficiência, que prendeu o empresário Eike Batista, e investiga crimes de lavagem de dinheiro de US$ 100 milhões. Os valores foram distribuídos em 10 contas em paraísos fiscais no exterior.
Segundo o MPF, Juca Bala e o sócio dele, Claudio de Souza, conhecido como Tony ou Peter seriam doleiros que ajudaram a movimentar o dinheiro no esquema de Cabral. Ainda de acordo com os investigadores, Juca Bala e Claudio movimentaram ao menos US$ 85 milhões desviados dos cofres do Estado do Rio. De acordo com o MP, os doleiros tinham contato estreito com a empresa Odebrecht.
Os procuradores apontam que, além de enviar dinheiro ao exterior, Juca Bala e Claudio de Souza também traziam recursos para o Brasil. Entre 2011 e 2014, eles teriam feito com que US$ 3 milhões de propina da Odebrecht viessem de offshores da construtora para Cabral.
Sérgio Cabral já é réu em três processos da Lava-Jato. Além do ex-governador, foram denunciados Juca Bala, Claudio de Souza e outras seis pessoas – entre elas, o ex-secretário de governo, Wildon Carlos, o operador financeiro do esquema, Carlos Miranda, e os irmãos doleiros Renato e Marcelo Chebar.
Veja os denunciados:
Wilson Carlos — 25 crimes de evasão de divisas e 18 de lavagem de dinheiro.
Carlos Miranda — 25 crimes de evasão de divisas e 21 crimes de lavagem de dinheiro.
Sérgio Castro de Oliveira — oito crimes de evasão de divisas.
Vinicius Claret, o Juca Bala — 25 crimes de evasão de divisas, nove de corrupção passiva, nove de lavagem de dinheiro e crime de pertencimento à organização criminosa.
Claudio de Souza, o “Tony” ou “Peter” — 25 crimes de evasão de divisas, nove de corrupção passiva, nove de lavagem de dinheiro e crime de pertencimento à organização criminosa.
Timothy Scorah Lynn — nove crimes de corrupção ativa e nove de lavagem de dinheiro.
Outras duas pessoas que fizeram acordo de delação premiada também foram denunciadas. O MPF não divulgou seus nomes.
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