Para o coordenador-geral de Reinserção de Recuperados, Marcio Santos, após o tratamento, o ócio pode ser motivo de recaída. Foto: Ascom/Seprev

“Enfrentar o tratamento de recuperação das drogas é preciso ter determinação”. A frase do ex-acolhido Genilson Valença motivou, na noite de segunda-feira (13), cerca de 200 dependentes em recuperação que assistiram à apresentação do Programa de Reinserção Social de Dependentes Químicos Recuperados, em São Miguel dos Campos.

A iniciativa do projeto Agentes da Paz, coordenado pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), tem o propósito de reinserir social e produtivamente os antigos e atuais assistidos das comunidades acolhedoras, capacitando e agregando qualificação profissional.

“Os dependentes passam pela recuperação dentro das comunidades acolhedoras e quando saem sentem dificuldade de ingressar no mercado de trabalho. É aí que os Agentes da Paz estão atuando”, disse a secretária de Estado de Prevenção à Violência, Esvalda Bittencourt, destacando que o papel dos Agentes é cadastrar ex-acolhidos e auxiliar na busca de emprego.

Os dependentes químicos que buscam tratamento nas comunidades acolhedoras, credenciadas pela Rede Acolhe, passam pelo processo de recuperação no período de três a seis meses. Para o coordenador-geral de Reinserção de Recuperados, Marcio Santos, após o tratamento, o ócio pode ser motivo de recaída.

“Sair das comunidades acolhedoras sem ocupação externa pode ocasionar recaídas no uso das drogas. Os empresários devem se interessar pela causa, dando esperança de uma nova vida aos dependentes químicos recuperados. Todos merecem oportunidade de trabalho”, disse.

A política de reinserção foi determinada pela lei 7.865/2017, sancionada pelo governador Renan Filho. O deputado Federal Givaldo Carimbão e o deputado Estadual Carimbão Júnior estiveram presentes no evento.