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Deficiência intelectual não é obstáculo
Há certos momentos de superação que nos enchem de orgulho. Foi o que aconteceu há pouco, na sede da Cedae/Rio, quando se formou a primeira turma de aprendizes com deficiência intelectual. Onze jovens completaram o curso depois de 17 meses de intenso trabalho, no qual contaram com a colaboração da Cedae, do Rio Solidário, do CIEE/Rio, da Faetec e da Fundação Roberto Marinho. Quando o jovem Argicilan pegou o microfone e saudou seus colegas e a numerosa plateia, não houve quem deixasse de se comover intensamente.
Aliás, foi uma festa de muita emoção, a partir do começo, quando se exibiu o Coral Sidney Marzulo, criado pelo CIEE em parceria com a Fundação Cesgranrio. É constituído de deficientes da visão. Cantam excepcionalmente bem, sob a regência do Maestro Eder Paolozzi e a colaboração de Luíza Lima. Apresentaram, sob aplausos, as músicas “Trenzinho do caipira” e “Alfabeto do sertão”. Uma prova de que a deficiência não lhes tirou a capacidade de cantar admiravelmente bem.
Depois, foi a cerimônia propriamente dita, com os discursos de Maria Lúcia Cautiero Horta Jardim (presidente do Rio Solidário), Jorge Briard (presidente da Cedae) e do presidente do Ciee/Rio, comprovando que é possível, graças a saudáveis parcerias, transformar vidas, No caso, eram 11 formandos com deficiência intelectual abrigadas pela Cedae no Programa de Aprendizagem, graças ao Decreto nº 8.740, onde são estabelecidas cotas sociais.
Uniram-se órgãos públicos, entidades sem fins lucrativos e integrantes do sistema S com o objetivo de divulgar e sensibilizar o empresariado brasileiro para o cumprimento da cota de aprendizes e a contratação de adolescentes e jovens em risco de vulnerabilidade social.
O Decreto nº 8.740 é de 4 de maio de 2016 e nele se estabelece o público preferencial a ser contratado, onde figuram adolescentes egressos do sistema socioeducativo ou em cumprimento de medidas socieducativas, jovens em cumprimento de pena prisional e ainda jovens adolescentes com deficiência. O seu objetivo é amplo e está em curso, com o pleno atendimento de instituições assistenciais como o Centro de Integração Empresa Escola, que atua no Rio de Janeiro há mais de 50 anos.
Ficou claro, na mencionada solenidade, que a Cedae busca o social, como prioridade, e que a Rio Solidário, como foi dito pela sua presidente, Maria Lúcia Horta Jardim, esposa do governador Luiz Fernando Pezão, valoriza a educação para o trabalho, promovendo a devida seleção de alunos.
O que há de muito relevo, em tudo isso, é a ampla discussão sobre os objetivos do Decreto nº 8.740, que tem grande importância no que hoje se entende por assistência social. Já fizemos uma enorme confusão entre assistência social e educação, mas hoje os campos estão bem definidos, como compreendemos no CIEE em suas múltiplas atividades.
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