Hospital Santa Rita (Foto: Todo Segundo)

O Hospital Santa Rita, de Palmeira dos Índios, está sendo auditado pelo Sistema Único de Saúde. A instituição, mantida pelo governo federal, tem cobrado, ilegalmente, R$ 90,00 para que os pacientes possam ser atendidos. Isso sem contar com eventuais gastos extras que tenham que necessitem ser utilizados,  como soro e gaze, por exemplo.

Na última semana, o frentista Fábio Nogueira dos Santos, de 33 anos, foi internado no Santa Rita, após passar pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Ele ingressou no dia 13 e permaneceu até o dia 16, sem que nenhum tipo de doença tenha sido diagnosticado. O diagnóstico final foi ‘Quadro Abdominal Agudo’. Encaminhado ao HGE, em Maceió, Fábio já teria chegado sem vida, segundo especialistas, devido a um problema de vesícula.

Segundo a professora e ex-vereadora, Elane Babino Gomes, houve uma série de atos irregularmente cometidos durante esse procedimento. Segundo ela afirma, ainda quando estava no Hospital Santa Rita, o frentista recebeu a informação de que teria que pagar pelos exames solicitados, que foram os de sangue, ultrassonografia e endoscopia, após o que foi mandado para casa. O paciente ainda conseguiu o dinheiro para pagar a ultrassonografia, mas, como foi feriado na quinta-feira, 15, não havia nenhum profissional que fizesse o exame. Ele foi mandado embora novamente. Considerando a gravidade do caso, a família pediu que ele fosse transferido para Arapiraca ou Maceió, mas teve o pedido negado pelo Hospital.

Nesta segunda-feira, 19, a Secretaria Municipal de Saúde se instalou dentro da UPA de Palmeira, para verificar como estão sendo realizados os procedimentos.

O problema é que a responsabilidade desse atendimento específico não passa apenas pela UPA, mas, também, pelo Hospital Santa Rita, que não apenas não realizou os exames necessários, como se negou a transferir o paciente para uma instituição hospitalar habilitada para tratá-lo e medicá-lo.