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O Santo Cura d’Ars

Alguém me sugeriu que escrevesse um artigo sobre o Santo Cura d’Ars. Impossível, num simples artigo, dizer quem era esse filho de Mateus Vianney e Maria Beluse. Era como alguém que quisesse falar sobre o oceano, apresentando uma gota d’água. Contudo dizia Madre Teresa de Calcutá: “Uma gota d’água também é oceano”.
Diante disso, direi algo. Alguém poderá interessar-se em saber algo mais sobre o aludido sacerdote que tem a honra dos altares. O casal que fora citado teve seis filhos: Catarina, Joana Maria, Francisco, João Maria (mais tarde conhecido como Cura d’ Ars), Margarida, um segundo Francisco, apelidado de cadete, por ter assentado praça. Com um ano e três meses o menino João Maria Vianney não quis receber alimento, pois, por esquecimento a mãe não o ajudou a fazer o sinal da cruz.
Mal ela segurou a mãozinha da criança, esta abriu a boca. Será que João Maria Vianney desde o berço deu sinal inequívoco da futura santidade? Essa é a pergunta que faz Fancis Trochu.
Desde pequeno dizia que queria ser padre. Tinha, porém, dois obstáculos: a pobreza e principalmente a escassa inteligência. Com 20 anos de idade entrou no seminário. O estudo de latim lhe parecia superior à sua inteligência. Até que enfim foi demitido pela falta de capacidade de aprender a língua de Virgílio e Horácio. Envida esforços para entrar na Congregação das Escolas Cristãs.
Fez provas para observar seu conhecimento e demonstrou não ter noção suficiente sobre o latim, por isso não é aceito. Tudo indicava que não havia condições para o sacerdócio, pois o latim era superior à sua inteligência. Todo esforço parecia ser em vão.
Seu antigo pároco resolveu lhe dar aulas particulares da língua latina e observou que o jovem tinha aprendido pelo menos o suficiente para receber as ordens sacras. E o pároco chegou a convencer o bispo que podia ordenar o sofrido candidato.
Recebeu a ordenação de diácono e tudo indicava que o espírito de fortaleza aproximava-se cada vez mais do que fora considerado outrora não ter condições suficientes para o sacerdócio. Pela diligência de seu professor de latim e também pela fama de suas virtudes foi admitido o presbiterato.
Mais uma vez é submetido a um exame canônico. Verificou-se que o candidato ao sacerdócio tinha feito progresso em seus conhecimentos. Francis Trochu diz textualmente: “O jovem Vianney foi interrogado pelo douto examinador sobre os pontos mais difíceis da teologia moral, e isto por espaço de mais de uma hora. Ficou satisfeito com as suas respostas e mesmo admirado pela clareza e precisão…”
Finalmente chegou o dia da ordenação presbiteral. Quem o ordenou foi o Bispo Simon. O Bispo já era idoso e lhe pediram desculpas por ele ter o trabalho de fazer a ordenação de um só padre e ainda mais um forasterio. Resposta do bispo: “Não é grande incômodo ordenar um bom sacerdote”.
A verdade é que o Santo Cura d’ Ars encontrou Ars com a igreja fechada, sem ninguém para recebê-lo. Pelas penitências e orações, extenuado, aos 73 anos de idade faleceu e teve no seu sepultamento cerca de 100.000 pessoas.
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