Repórter Fotográfico: Anderson Moreira

Dando continuidade à Semana da Pessoa com Deficiência, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu, nesta quinta-feira (24), uma exposição temática para mostrar, por meio dos Centros Especializados em Reabilitação (CER’s), os serviços que os alagoanos podem contar para ter acesso à reabilitação. A exposição segue até esta sexta-feira (25), no Maceió Shopping, localizado no bairro Mangabeiras, em Maceió.

De acordo com a fisioterapeuta Walbeska Galvão, da Supervisão de Cuidados à Pessoa com Deficiência (Suped) da Sesau, o evento é muito importante, uma vez que os profissionais estão apresentando seus produtos e serviços, que são usados para reabilitação dos usuários, assim como, a orientação e o acompanhamento para adaptação dos pacientes que são acolhidos nos CER’s. Durante a ação também estão sendo realizadas apresentações poéticas, musicais e de capoeira.

“Por meio deste evento, queremos despertar no público que existem unidades voltadas para o atendimento especializado de pessoas com deficiência. Pessoas que necessitam de reabilitação e podem desenvolver seu potencial físico e psicossocial”, destacou Walbeska Galvão.

Representando o secretário de Estado da Saúde, Christian Teixeira, Ediberto Omena, secretário executivo de Gestão Interna da Sesau, visitou os estandes e interagiu com o público do evento. “É um espaço que a Sesau vem mostrar ações pela defesa do direito da pessoa com deficiência e a conquista de novos espaços de inclusão dentro da sociedade. Diferente do que muitos pensam, uma pessoa com este tipo de impedimento, não é defeituosa, menos importante ou menos capaz. Portanto, elas merecem ser respeitadas, tratadas de forma digna, e participarem do grupo no qual estão inseridas”, disse.No estande da Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE), a equipe expôs, através de pinturas em tela, realizados nas oficinas, que a expressão artística é uma forma de mostrar que os usuários são pessoas ativas e criativas. Para a psicóloga e coordenadora da AAPPE do bairro Farol, Esthefanie Pimentel, o intuito deste tipo de trabalho é mostrar a experiência livre de cada ser como produto do imaginário, de seus desejos, anseios e expectativas.

“São pinturas simples, com desenhos quase infantis, mas, que para os usuários, têm grande significado. Quem acompanha o dia a dia destas pessoas, consegue enxergar a evolução, e sabe a vitória que é, quando um deles pinta um quadro”, celebrou. “A maior deficiência, a meu ver, é o preconceito da sociedade, que limita”, concluiu.

Já para a diretora presidente do Centro de Reabilitação e Equoterapia Santa Clara (Acresc) de Penedo, Jaqueline Tavares, a exposição está sendo uma oportunidade ímpar, para expor os serviços dos usuários, visto que é o único CER a atender toda a VI Região de Saúde. “O Acresc trabalha com a reabilitação desses usuários e aproveitamos para mostrar exemplos do que temos feito no Estado e, assim, expor que existe uma entidade que cuida dessas pessoas. A sociedade pode contribuir acolhendo essas pessoas e não as tachando com rótulos pejorativos, porque o carinho e amor pode levá-las à recuperação”, evidenciou.

Serviços – Também durante a exposição, é possível oferecer serviços de aferição da pressão arterial, cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e altura, teste glicêmico, além de dicas para uma vida saudável. Foi o caso de Rodrigo Rocha de Souza, 20 anos, usuário do Centro de Atenção Psicossocial Doutor Rostan Silvestre, na Jatiúca, que foi levado pela sua fonoaudióloga para realizar o teste de glicemia e medir a pressão. Ele disse que sempre tem dificuldades para fazer exames e, por isso, aproveitou a passagem pelo local para cuidar da saúde e visitar todos os estandes.

“É importante aproveitar e dedicar um tempo para cuidar da saúde gratuitamente, pois não tenho tempo para ir sempre ao consultório médico. Além disso, foi muito legal conhecer os serviços que são oferecidos pelos CER’s”, destacou Rodrigo Rocha de Souza.

Na oportunidade, a pedagoga Flávia Silva Bandeira, de 33 anos, emocionou o público com depoimento sobre sua vida e, ainda, deu um sábio conselho às pessoas preconceituosas. “Não há como combater os preconceitos, porque um pré-conceito é sempre sobre algo que não se conhece, mas, é possível construir novos conceitos. Do que as crianças, jovens e adultos com síndrome de Down precisam? De respeito, afeto e carinho, como qualquer outra pessoa. E quanto antes ensinarmos as crianças a enxergar pessoas, em vez de rótulos, mais feliz e justa será a nossa sociedade, com oportunidades iguais para todos”, discursou, comovida.

Participam do evento, a Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE) de Santana do Ipanema, Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), Pestalozzi de Maceió e Arapiraca, Centro Especializado em Reabilitação – CER II (Modalidade Física e Intelectual) [Cemfra], Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Tarcizo Freire de Arapiraca, Associação dos Deficientes Físicos e Mentais (Adfima) de Arapiraca, Centro Especializado em Reabilitação III Pam Salgadinho Maceió, Amor 21, Centro de Reabilitação e Equoterapia Santa Clara (Acresc) de Penedo e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Maceió e Arapiraca.